Durante 15 dias, teve a comer e a beber o que a natureza dava.
Também dormia no chão, numa cama que era improvisada com as folhas secas no meio da vegetação. A mulher, de 75 anos, que estava num estado deploravel, era como uma mulher das cavernas. A mulher, era fugitiva, tem um ligeiro grau de demência quando após um ataque de meningite sofrido em criança.
A mulher, foi encontrada no meio do monte por Clint, um cão labrador que não parou, dar o sinal aos proprietarios de algo estranho nas redondezas na casa. O dono deu com a mulher agachada no meio do mato. Com a GNR e os Bombeiros que fizeram batidas para encontra-la.
A explicação, era simples: a mulher escondia-se à passagem dos militares.
E mais: também vigiava a população, das suas saidas e os regressos do trabalho.
No meio do mato, ninguém arrisca a entrar, eram visiveis os trilhos percorridos por alguém de gatas.
Os terrenos que pertencem à família, estão abandonados e assaltados no mato e com giestas, a mulher encontrou a alimentação que permitiu-lhe sobrevir, os dias a fio. Com uma laranjeira e uma ameixeira que têm tantos frutos como as silvas a rodea-la.
No chão, eram visiveis os caroços das ameixas que a mulher comia.
Nuno Costa, Lamego
Sem comentários:
Enviar um comentário