quinta-feira, 21 de abril de 2011

A banca manda que o PS, PSD e CDS se ajoelhem

                                                 
Portugal foi arrastado para uma crise política que era totalmente evitável. Essa crise foi provocada no pior momento possível. Sabemos por que provocaram essa crise: por ambição de poder.
Poucos momentos haverá em que a leviandade política e o calculismo partidário provocaram danos tão graves e tão profundos no interesse nacional. Poucos momentos haverá em que são tão evidentes as consequências devastadoras para a vida das pessoas, da irresponsabilidade e da sofreguidão pelo poder.
Não há fuga possível às responsabilidades políticas por esta crise!
Na Assembleia da República não foi aprovada nenhuma moção de censura.
Esta realidade expressa bem como a mentira, a manipulação e o cinismo são elaboradas, planeadas e sistematizadas por estes senhores. A banca manda e o Governo obedece, PS, PSD e CDS que se ajoelham-se! Os banqueiros vieram dizer ao país que já não aguentavam mais os sacrifícios. A dívida líquida externa do Estado creceu 122,6 por cento, menos de metade do crescimento da dívida do país. Mas a dívida líquida da banca e das empresas ao estrangeiro aumentou 629,2 por cento (!!!), isto é, cinco vezes mais do que o aumento percentual da dívida externa do Estado.
Uma das características da actual crise é a transformação da dívida privada, contraída pelo sistema financeiro com as suas trampolinices e "lixos tóxicos", em dívida pública a ser paga por todos nós. Entretanto, o comissário europeu para os Assuntos Económicos relevou o que é "quase certo" que parte dos 80 mil milhões da chamadas de ajuda para Portugal será canalizada para a banca portuguesa. Os portugueses não estão condenados a ter que aceitar as saídas daqueles que até hoje conduziram o país para a dependência e para o crescente endividamento. São necessárias e possíveis outras soluções.
Nuno Costa, em 21/4/2011

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