Nas cenas de apoteose de Sócrates, a televisão obteve no pavilhão planos fantásticos, com força plástica, boa encenação, cheios de figurantes agitados de bandeiras nacionais. Ao substituir as bandeiras partidária pelas bandeiras nacionais, a central de propaganda de Sócrates deu o passo lógico, final, da ideologia socratista.
Nunca, desde Salazar, se processara esta identificação do país com o chefe indiscutível. O mito de Salazar "casado com a Pátria" era o corolário desta estratégia de propaganda.
O congresso de Sócrates sugeriu visualmente o mesmo casamento.
Nos últimos anos, a publicidade usou-a em anúncios de bancos, telecomunicações, bebidas alcoólicas ou supermercados.
Trata-se de propaganda pura, e é isso que se pode esperar de Sócrates até 5 de Junho. Ele não tem nada para propor e muito menos tem passado para invocar. A desinformação e a propaganda surreal, afastando os eleitores da realidade, são as suas tábuas de salvação.
Nuno Costa, em 21/4/2011
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