quarta-feira, 20 de abril de 2011

A democracia está doente?

                                   
A situação caricata em que estamos não é derivada apenas da necessidade de recorrer ao Fundo devido ao quase colapso financeiro. Face ao pântano político em que estamos, as próximas eleições são prematuras, pois ninguém está verdadeiramente preparado para elas. A ideia de que somos todos culpados é aviltante para a maioria dos portugueses.
Há quem tenha maiores responsabilidades no estado a que o país chegou, e esses não são a classe política, a quem deveria caber cuidar da coisa pública.
Esta situação revela é que as elites políticas fracassaram em toda a linha, como será demonstrado pelos níveis de abstenção, votos brancos e nulos das próximas eleições. Se a política fosse competitiva, um novo partido credível arrebataria a insatisfação popular.
O pior pode acontecer, chegados a este ponto, é a fuga para a frente, e "como vamos sair desta". Chegámos por um misto de más instituições e algumas más políticas. O principal erro para o país, porém vantajoso para os partidos que têm exercido o poder (PS,PSD e CDS), tem sido a política de obras públicas e a gestão do sector público empresarial.
É aqui o principal sorvedouro e descontrolo de dinheiros públicos. O cidadão português está a ficar mais pobre, com a subida de impostos, o corte dos salários, no caso dos funcionários públicos, e o crescente endividamento.
A democracia esá mesmo doente e necessita de propostas que façam os cidadãos acreditar nela.
Nuno Costa, em 20/4/2011

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