Portugal estará realmente em crise, com níveis de desenvolvimento económico lamentáveis? Portugal terá um sistema educativo confuso, laxista, com taxas de ignorância em alunos e professores que superam em muito a média europeia?
Portugal terá uma justiça medieval, lenta, com processos que arrestam durante anos por salas e salinhas cheias de juízes de becas com traça e muitos funcionários com as indispensáveis mangas de alpaca?
Portugal terá uma administração pública velha e pesada, que trabalha em grande parte para si própria e consome inutilmente uma boa parte dos impostos e da riqueza produzida por cidadãos e empresas?
Portugal terá um sistema de saúde deficiente, despesista, com hospitais a mais e produtividade a menos médicos e enfermeiros?
Pportugal terá uma Segurança Social em risco de falência, incapaz de garantir a curto prazo os direitos de quem passou uma vida a pôr o seu futuro nas mãos do Estado?
Os programas dos principais partidos são a negação total e sbsoluta do estado a que chegou este sítio cada vez mais mal frequentados. Os sacrifícios são escondidos, as medidas impopulares não entram nos almoços e jantares festivos. Em vez dos cortes nas despesas e despedimentos na função pública, promete-se o oásis embrulhado em choques diversos. E para que a festa seja completa e as tradições se mantenham na política lusa, Fátima tomou o lugar do boato sexual nesta triste campanha eleitoral.
E as ratazanas do costume, embrulhadas em páginas de prestígio, que deixaram um rasto óbvio de corrupção e porcarias nestes dias eleitorais. Um verdadeiro cano de esgoto que cheira mesmo muito mal em que alguns políticos e jornalistas gostam de chafurdar.
Mas o estado a que este sítio chegou não é apenas obra de maus políticos, jornalistas sem vergonha e empresários medíocres. Os portugueses que votam há muitos anos no PS e no PSD são também uma parte do problema. Odeiam as mudanças, detestam a verdade, adoram os pântanos mal cheirosos.
Nuno Costa, em 25/08/2011
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