Agora que já são conhecidas as medidas do plano de ajustamento proposto pela troika, interessa perguntar: o que é que irá mudar nas nossas vidas e nos nosso país? Esta pergunta é muito pertinente, pois não há dúvida de que estamos perante o mais abrangente pacote de medidas estruturais das últimas décadas.
Porque este governo que não mostrou totalmente incapaz para fazer face à espiral de endividamento, e foi particularmente inapto para a perda de competitividade das nossas exportações após a nossa adesão ao euro. Um governo que agravou ainda mais a nossa frágil situação ao apostar num despesismo pouco regrado que nos conduziu à maior dívida pública dos últimos 160 anos.
O mercado leboral será, mais uma medida que era simplesmente inevitável, visto que há inúmeros de estudos que nos demonstram que as nossas leis laborais fomentam a precariedade no emprego, penalizam a criação de emprego e prejudicam a nossa competitividade. O mercado das rendas sofrerá a maior reforma das últimas décadas, e a competitividade das nossas exportações será ainda mais sofredora e beneficiada pela descida das contribuições sociais pagas pelos empregadores.
Por seu torno, os nossos impostos irão sofrer novo agravamento, uma decisão que, esperemos, que possa ainda ser revertida por um próximo governo. Em suma, estamos perante de um verdadeiro programa de um governo reformista. Um programa que irá finalmente fazer o que os nossos governos despesistas sempre que negaram a fazer.
Nuno Costa, em 01/08/2011
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