1 - Com o conteúdo nas lancheiras das crianças em idade escolar tem constituído um dos principais focos.
2 - Os números no excesso de peso que atinge as crianças no distrito de Bragança, cerca de (30%) entre os 6 anos e os 7 anos, com as intervenções na saúde escolar, quer nos alunos, quer nos encarregados de educação, e nos professores. Os hábitos alimentares tem que ser melhorados nas famílias, a nível do lanche que é levado para a escola.
3 - Convém realçar a importância de todas as outras refeições, encaixando num dia alimentar equilibrado, completo e variado.
4 - A criança quando sai de casa para ir para a escola pela 1ª vez, aos 3 anos, há muitas maneiras que estão a mudar, passar a fazer algumas refeições fora de casa. Há rotina que devem estar estabelecidas nessa altura, tal como o pequeno-almoço. Uma refeição deve ser feita em família, o bom exemplo continua a ser ainda melhor forma de educar. Na mesa não pode faltar o pão, a variar o centeio, o integral, a mistura, o milho, o leite meio-gordo ou o leite magro, a fruta fresca, os frutos oleaginosos ou os frutos secos.
5 - Muitas das famílias optam pelos flocos de cereais da manhã, por ser mais rápido, convém lembrar que é um produto demasiado açucarado, com gordura e mais sal.
6 - Além disso são alimentos processados, resultam na perda de vitaminas e minerais, com aromatizantes, conservantes ou de químicos totalmente desnecessários.
7 - Tanto como as bolachas ou as tostas que devem ser consumidos menos vezes, têm menos capacidade de saciar e tornam a refeição mais pobre em nutrientes.
8 - O pão, como no queijo, pode optar-se por outros recheios, como 1 colher de sobremesa de compota caseira ou de marmelada, 1 colher de chá de manteiga/margarina ou de azeite, ou 1 fatia de fiambre de aves e até 1 colher de chá de pasta de amendoim.
9 - Os lacticínios substituem-se, quando opta-se por beber um copo de leite ao pequeno-almoço, pode comer-se um pedaço de queixo, ao lanche. Não devem juntar diversos lacticínios na mesma refeição, com gordura e até de cálcio será demasiado.
10 - Ainda pode optar por tomar um café, um chá, uma cevada, beber um sumo de fruta natural ou até uma infusão de ervas aromatizada com casca de laranja ou de limão e pau de canela. As crianças com 16 anos não devem tomar café nem chá verde ou nem o chá preto.
11 - Depois de um bom pequeno-almoço, a refeição do maio da manhã deve ser mais leve, com as crianças mais pequenas. Basta uma peça de fruta, de preferência com a casca, ou um iogurte natural ou de aromas com pouco açúcar. Quando trata-se de adolescentes e/de horários da manhã mais alargados com almoço mais tardio, podem juntar-se os 2, iogurte e fruta, recorrer novamente ao pão.
12 - Quando há um intervalo grande entre o almoço e o jantar, o lanche deve assemelhar-se ao pequeno-almoço em composição, variar sempre dentro de cada grupo de alimentos.
13 - Os produtos embalados ganharam terreno, quer pelo sabor, conseguido à custa da adição das quantidades absurdas de açúcar, sal e gordura, quer pelo marketing para aliciar a criança, quer pela facilidade de manuseio e poupança de tempo na preparação.
14 - São estes os produtos que mais se encontram nas lancheiras das crianças, são comprados pelos pré-adolescentes e nos adolescentes a partir do 2º ciclo deixam a lancheira em casa e começam a ter dinheiro para comprar o lanche no bar da escola, nas máquinas de venda automática, com outro flagelo, nos bares e quiosques que circundam os espaços escolares.
15 - Os sumos e refrigerantes, bolos e bolachas, salgadinhos, chocolates e fruta em frasquinhos vieram a contribuir não só para o agravamento do estado nutricional das crianças, para o aumento exponencial do lixo produzido nas escolas. São refeições que enchem o estômago, calóricas em excesso, é totalmente desprovidas da maior parte dos nutrientes importantes, realmente vão alimentar, como as vitaminas, os minerais e a fibra. O pior é que as crianças que levam as coisas diferentes, como no caso dos adolescentes, aquele que levar o lanche de casa, é visto de forma depreciativa, aumentando a resistência e o preconceito em relação de uma alimentação saudável.
16 - Restringir mais na entrada na escola, através das lancheiras, nos produtos que sabe serem nocivos para a saúde, o principal, a educação alimentar: fomentar o conhecimento das crianças com os alimentos, com a sua variedade, reforçar aqueles que fazem escolhas saudáveis e passar por esse incentivo aos pais e estimular a valorização dos alimentos com bens, também atuando no sentido de prevenir o desperdício alimentar.
17 - Os adultos se forem os primeiros a dar o exemplo, não só o que vai na lancheira com todas as escolhas alimentares das crianças vão sempre melhorar.
Nuno Costa, Lamego