Quando Benjamin Careathers, um consumidor de uma conhecida bebida energética, apresentou num tribunal de Nova Iorque uma queixa de uma alegação que a empresa publicita qualidades na bebida longe de estarem sustentadas.
Não existem provas que as latas forneçam mais energia do que uma chávena de café. A Justiça deu razão ao queixoso, a empresa aceitou um acordo mas vai pagar mais de 10 milhões de euros com o processo por falsa publicidade. Passos Coelho também é um homem com sorte. O seu Governo se fosse uma empresa contratada para gerir em Portugal, há bastante tempo estaria falida. Os processos por publicidade fraudulentas com base nas decisões não cumpridas teriam feito estragos.
No último debate quinzenal na Assembleia apresenta um primeiro-ministro a deslizar-se com o caso do BES. Os contribuintes iram pagar o colapso do Banco, agora estão admitir perdas por via da Caixa Geral de Depósitos. Passos Coelho fala de consequências diretas ou indiretas, mais uma vez, não dá uma explicação clara. É tal como a bebida, as assas que foram prometidas pelo Governo não dão para voar baixinho.
Nuno Costa, Lamego
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