A água é essencial para o ser humano, um direito à sua própria vida. Não é só uma questão de sobrevivência humana, também é um ato da democracia, da soberania, da segurança ambiental, da própria proteção da natureza e no desenvolvimento. Por isso mesmo, nunca poderá ser um bem comerciável, é uma mercadoria para gerar lucros.
Em Portugal começam os ventos a soprar perigosamente, tendo como o objetivo central a penetração no privado e na exploração do fornecimento público da água. O processo tem-se alicerçado num meticuloso plano que levou à criação dos sistemas multimunicipais e nos planos estratégicos de abastecimento de água e no saneamento de água residuais, para fomentar a exploração lucrativa da água.
É urgente pôr o termo ao ruinoso processo de mercantilização aos direitos básicos e essenciais à vida. É necessário combater à apropriação privada da água e da sua gestão, defender o seu caráter público, salvaguardando o controlo nacional no setor estratégico nacional.
Nuno Costa, Lamego
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