quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Portugal está entregue à bicharada

                   
Estão pintadas de vermelho retinto, como endireitar as costas do Estado português?
Portugal está teso como um carapau, parece ainda ter forças para os braços de ferro; entre Passos Coelho e o António Seguro, esta vão frente a frente, um contra ao outro, voz a voz, levanta-se um levanta-se o outro, como o jogo das cadeirinhas.
O primeiro-ministro não é de modas: teima, teima, teima no receituário e nem sequer tenta pedir ao fornecedor os medicamentos para a troika para uma mudança molecular.
É constituído por todos os portugueses, o doente vai de mal para pior e a cada agravamento dá-se ao reforço da dose, mais e mais impostos, mais e mais recessão, mais e mais desemprego. No combate a pique da economia faz-se sempre num plano mais inclinado.
Quando António Seguro demorou a reagir a um acontecimento fica a expectativa de que vai ter uma qualquer medicação pragmática. A renegociação da dívida não depende da sua vontade e o crescimento passa pelo dinheiro que não há?
Mesmo em bom português: Portugal está entregue à bicharada.
Nuno Costa, Lamego

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