quinta-feira, 4 de julho de 2013

Mestre da estratégia com olhos nos pés

                   
                                          JOSÉ MARIA PEDROTO
Deu os primeiros passos como apaixonado pela arte do engano e profundo conhecedor da geografia do golo. Começou por estimular argumentos individuais vastos e diversificados, inspirado pelo talento do seu grande ídolo da adolescência, o inesquecível e genial Artur de Sousa. José Maria Pedroto foi mestre antes mesmo de sentar-se no banco, porque já dentro das quatro linhas era o denominador comum das orquestras. Um portento de conceção que conjugava reflexão, visão global da jogo, instinto e talento, prova de que aperfeiçoou armas coletivas mais ou menos escondidas nos primeiros passos da carreira. Esse poder de observação extraordinário e o tremendo fascínio por estudo e liderança, que estariam na base da sua formação como um dos melhores treinadores portugueses de sempre, fizeram-no reciclar a maneira de jogar e adaptar o conceito de felicidade às preciosidades conceptuais de uma inteligência criativa muito acima da média.

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