Se a receita da austeridade estivesse a funcionar em pleno, ninguém saltaria do barco.
Não vale a pena olhar para a economia ou para o desemprego. O próprio FMI não se cansa de lançar avisos sonoros de que o icebergue está à vista. E até Passos Coelho persiste em soltar, aqui e ali, o suspiro melancólico de que Portugal pode não chegar a porto seguro em 2013.
Perante este percurso, não admira que o PS, que embarcou na mesma viagem, comece agora a olhar para o bote salva-vidas com outro apetite. E com a UGT logo atrás, na fila do salve-se quem poder. Para a esquerda é respeitável. O dilema começa a ser pesado: para quê ficar a bordo quando o rombo é grande e o naufrágio é uma possibilidade?
O Presidente da República que não se iluda: ainda não vamos a meio da viagem do naufrágio consenso nacional já está a meter água por todos os lados.
Nuno Costa, Lamego
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