Quando a luz, lhe golpeou os olhos, estávamos longe de supor onde Portugal haveria de crescer e fazer-se homem lhe ofereceria um presente tão amargo um futuro tão sombrio. Cavaco Silva era, então primeiro-ministro e o cavaquismo ensaiava já a derrocada.
Já então e no pós-cavaquismo, não houve coragem para colocar travão ao crescimento descomunal do Estado e fingiu-se não perceber que o tecido empresarial estava longe com autonomia e sustentabilidade, dependendo, em grande parte, dos compadrios que o polvo estatal incentivava e da aplicação nem sempre séria ou ajustada dos dinheiros públicos.
Os pecados atravessam vários presidentes e Governos: Soares e Sampaio, mas também Guterres, Barroso e Sócrates, sem esquecer o meteoro Santana. Todos, de uma forma ou de outra, por acção ou omissão, foram colocando tijolos negros na situação.
A geração dele vai sofrer os impactos de avalanches de erros sustentados na demagogia, no irrealismo, na desonestidade e na falta de visão.
É triste o retrato de um País incapaz de se reformar. Cavaco é o bispo que presinde à missa. Para onde foram os milhares de milhões de euros que a Europa cá despejou? Atá certa altura iam chegando de borla ou quase nada.
Agora é preciso pagá-los. Com lingua de palmo, como se vê. Boa sorte Zé Maria!
Nuno Costa, Lamego
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