RICARDO CARVALHO
Tornou-se num espantoso colecionador de génios do futebol, foi metendo no bolso como quem guarda rebuçados para saborear mais tarde. É quase cimematográfico a forma como chega aos factos um segundo antes de acontecerem, saindo sempre vencedor dos duelos inevitáveis com os portadores daquilo que ele pretende roubar: a bola. É colossal vê-lo colocar-se, abordar o invasor, encurralá-lo e roubar-lhe o bem precioso que traz nos pés. De resto, é um dos melhores exemplos da beleza e do talento que o futebol passou a reconhecer na dança de quem joga sem bola; de quem chegou ao topo do Mundo purificando a arte de contrapor inteligência e alternativas para travar alguns dos mais notáveis artistas do futebol.
Ricardo Carvalho tornou-se no último imperador do futebol europeu. Um jogador silencioso cuja autoridade e exercida sem ruído e tem reflexo direto na organização coletiva; um central que chegou a um patamar inatingível e cuja a perfeição que fez dele o melhor central que o jogo conheceu.
Isto para já nem falar no altar que o espera, no dia em que deixar os relvados, entre os mais extraordinários de sempre em Portugal.
Sem comentários:
Enviar um comentário