quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Perigo: Lixo em órbita

                
Para além da atmosfera terrestre, flutuam sem controlo, milhares de objetos depositados pelo ser humano. São os restos da nossa atividade no Espaço, acumulados em forma de sucata.
Pode parecer exagero, se continuarmos a encher a nossa órbita de lixo especial, pode vir aí o perigo, de cair alguns lixo do Espaço. O Espaço que nos rodeia estará tão cheio de lixo que atuará como um escudo quase intransponível.
Desde o começo da corrida espacial, colocaram-se em órbita cerca de 4 mil veículos de todos os géneros, que depositaram no Espaço cerca de 20 mil objetos suficientemente grandes para serem observados através de instrumentos astronómicos. Junto deles, pululam sobre as nossas cabeças milhões de resíduos minúsculos produzidos pela atividade humana, desde chaves de fundas esquecidas pelos astronautas durante um passeio Espacial até pequenas placas de pintura que se desprenderam da carcaça de um transportador. Tudo isto a viajar a mais de 5 quilómetros por segundo! A essa velocidade, um grão de 1 milímetro de diâmetro pode perfurar a fuselagem de uma nave e fazer abortar uma missão.
O tamanho mínimo de uma peça, é de 10 centímetrosse estiver numa órbita baixa, e de 1 metro nas órbitas geostacionárias. Cerca de (6%) dos objetos catalogados são constituídos por satélites ativos; mais de (40%) por fragmentos de satélites desintegrados e foguetes lançados após a fase de propulsão de dezenas de naves. Os restantes correspondem a todo o género de desperdícios humanos. Mas o pior é que o número de partículas que não conseguem detetar é cada vez maior: crê-se que existem entre 30 a 100 mil.
Nuno Costa, Lamego        

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