As receitas do turismo estão a bater todos os recordes em todos os anos, as empresas da Hotelaria e da Restauração, estão descapitalizadas, estão à beira de um ataque de nervos: (60%) estão em risco de falência.
O aumento do IVA de (23%) na restauração que atirou a capacidade financeira das empresas para os níveis mais baixos de sempre. O resultado está à vista: os serviços de alojamento, restauração e similares que empregavam 320 mil pessoas; davam trabalho a 276 mil pessoas. Também perderam-se 44 mil postos de trabalho desde o início da crise, 26 mil postos de trabalho desapareceram em apenas no 4.º trimestre em 2014.
As receitas turísticas em Portugal atingiram, em 2014, tiveram um novo máximo histórico de 10.394 milhões de euros, contra 9.250 milhões de euros em 2013, com um recorde de 46,1 milhões em dormidas. Foi graças ao turismo, que entraram na hotelaria, na restauração e nos serviços foram cerca de 1,2 milhões de euros por hora.
O nível de endividamento e os desequilíbrios macroeconómicos no programa de ajustamento de que Portugal foi alvo, (60%) das empresas de restauração e da hotelaria estão em alto risco de falência.
Os transportes têm uma percentagem das empresas em risco de falência que é maior do que o setor da hotelaria e da restauração, (10%) das empresas tem um risco baixo de falir. A agravar a situação está o facto de o rácio de autonomia financeira das empresas de restauração e da hotelaria, mede a sua solvabilidade, de ter baixado para (0,14%), de ter ido para um mínimo histórico. A restauração e nas bebidas, reduziu os capitais próprios para (42%).
O Governo aumentou o IVA de (23%) na restauração, a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal tem apelado para a taxa que seja reposta nos (13%). O Governo está sem vontade para rever a medida, foi o responsável no aumento de (141%) da receita fiscal no setor: o contributo da hotelaria e da restauração com uma receita do IVA que passou de 250 milhões de euros para quase 600 milhões de euros. O impacto negativo da subida do IVA no mercado de trabalho, a restauração emprega (6,1%) do total de trabalhadores portugueses e no alojamento (1,6%), mantem-se a taxa nos (23%), será para piorar.
Nuno Costa, Lamego
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