Uma fêmea de lince ibérico foi envenenada, no Alentejo. Uma águia de Boneli foi abatida com 12 chumbos de uma caçadeira, no Algarve. Um abutre preto foi envenenado, no Tejo Internacional, três lobos foram mortos de veneno ou de armadilhas ilegais, no Minho.
Só alguns dos mais recentes abates ilegais a animais das espécies protegidas, em Portugal.
As 370 animais das espécies protegidas que deram entrada nos 12 centros de recuperação de animais selvagens do País, atingidos a tiros ou vítimas de envenenamento.
Foi uma média de 74 espécies em perigo de extinção que são atingidos por cada ano.
O uso de iscos com veneno, que sejam nos pombos ou nas perdizes mortos ou pedaços de outros animais, com o pulmão de um porco envenenado que foi encontrado no estômago da lince ibérica, é uma prática comum no controlo de predadores no meio rural e nas zonas de caça. Os principais suspeitos são os caçadores, os agricultores ou os criadores de gado, que querem eliminar as raposas, os saca-rabos ou as aves de rapina, são consideradas concorrentes na caça ou ameaça ao galinheiro.
Se encontrarem laços, armadilhas ou qualquer outro método de captura ilegal nas zonas de caça, denunciem ou contactem com a GNR. É verdade que há laços ilegais e veneno, que são colocados pelos caçadores furtivos ou pelas disputas entre vizinhos.
São pelo menos 11 casos que são relacionados com abate a tiro, envenenamento ou a captura com armadilhas ilegais de espécies protegidas.
O código penal em Portugal prevê a pena de prisão até 3 anos e coimas que podem chegar a 37.500 euros a crimes graves contra a natureza, a condenação máxima de que há memória deste tipo de casos que resume-se com uma multa de 400 euros aplicada a um caçador que matou um lobo com um laço ilegal durante uma montaria ao javali.
Nuno Costa, Lamego
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