quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Os perigos e as oportunidades

               
Quando o empobrecimento atinge as populações cujo o rendimento médio é baixo ou até muito baixo, a consequência do empobrecimento não traduz-se apenas numa perda de poder de compra, pode atingir as necessidades básicas de efeitos sociais dramáticas.
O que se passou em Portugal nos últimos anos deixou certas marcas em milhares de portugueses.
Não vai ser fácil esquecer os sacrifícios, nem as alterações profundas ao nível de vida da maioria da classe média.
Não é aconselhável assustarem-nos com o regresso da troika, no caso alterar-mos o caminho que até agora tem sido seguido.
Os que acreditaram nas suas receitas, os que consideravam que se realizaram-se as reformas estruturais de que Portugal necessitava, os que vêm os sinais promissores em todos os indicadores estatísticos devem ser coerentes visiolando um futuro melhor, em vez de invocar uma situação que parecia tão frágil que desabou no sobressalto.
Se alguém fosse assaltado na rua teria prudência de não voltar a por em risco no que fosse valioso. Nunca seria remédio era manter-se fechado em casa a guardar pelos seus bens.
Talvez era não voltarem a sentirem-se em perigo, a perspectiva de vida não seria tão aliciante.
Há que saber balancear os perigos e as oportunidades que a vida nos coloca.
Nuno Costa, Lamego     

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