sábado, 19 de março de 2016

As guerras são fabricadas

                
As guerras que são feitas de pólvora. As guerras que são gizadas por homens carregados de egoísmo, financiam as políticas que são feitas de canos de morte de esgotos, circulam as ganancias e as fragrâncias, as jazidas de ouros e de petróleo, são roubados dos corações dos esqueletos.
As guerras que são fabricadas na mesa polida dos palacetes quando reúnem secretos ópios e os concertos que terminam em apertos nas mão assassinas.
As guerras que são desfraldadas as bandeiras multicolores e nos altos muros farpados de injustiça, em vários venenos, de muita loucura.
As guerras que são os rostos pintados e das culturas. São para vestirem e despirem, de um travesti para o consumo nos bairros da ignorância, na miséria para onde passam os ratos, onde escondem-se e onde divertem-se.
As guerras que são feitas de bombas. São feitas por homens que salvam por uns dias, que fazem-se explodir, de esperança perdida, entre a multidão de quem os financiou.
As guerras que são criadas pela crueldade da gravata e do colorinho branco que rege do mundo-cão, não no presente e a presença da dor e o odor dos cadáveres espalhados pelo chão da podridão nesta sociedade erguida.
Nuno Costa, Lamego

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