quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Mais de um terço das crianças ficaram sem abono de família

                
O abono de família foi cortado a mais de um terço das crianças, a prestação familiar passou a ser atribuída apenas a quem tem rendimentos extremamente baixos.
O número de famílias a receber o abono caiu a pique.
Havia quase 1,8 milhões de titulares de abono de família; o número tinha caído para perto de 1,4 milhões; não chegava a 1,2 milhões - isto depois de ter atingido um pico mínimo.
Uma família que ganhe mais de 629 euros por mês não tem direito ao abono.
Além do mais, quem terminar o 9.º ano será automaticamente inscrito no 10.º ano, em escolas que podem ficar longe de casa, já que dependerá da escola vocacional do aluno.
O abono é dado a crianças até aos 16 anos de idade. Daí em diante só recebem se estudarem ou forem portadores de deficiência.
Nuno Costa, Lamego

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Subsídio de refeição acima de 5,12 euros paga mais imposto

                  
Quem continuar a receber os 6,41 euros, que até agora estavam isentos, passará a ter de pagar o IRS sobe mais 1,29 euros por dia ou 26,08 euros.
Com este valor começará a ser tributado como o salário, sendo, sujeito a retenção na fonte e a contribuição para a Segurança Social. Em termos práticos, há uma parte daqueles 26,08 euros/mês ou 295,41 euros por ano que até agora eram rendimento líquido e que deixam de o ser.
Do lado da empresa, a TSU passará também a ter de incidir sobre este montante, tendo de pagar mais cerca de 3,24 euros por mês.
Já nos subsídios pagos através de títulos de refeição, o patamar isento baixou apenas de 7,26 euros para 6,83 euros.
Num país onde o valor médio deste subsídio se situa entre os 5,5 euros a 6 euros.
O sector espera uma adesão significativa porque muitas empresas pretendem manter o subsídio. Optar por mudar o pagamento da modalidade em dinheiro para a dos títulos pode resultar numa folga de 1,71 euros isenta e, no limite, poupar cerca de 93 euros por ano por trabalhador apenas em TSU.
Nuno Costa, Lamego

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

O direito à indignação

                  
Algo de novo está a acontecer por essas cidades fora, por milhares de praças. Ninguém sabe bem o que é nem onde pode ir dar.
Esta movimentação original e espontânea poderá ter mergulhado as suas raízes nas revoltas inesperadas dos povos. É contra esta farsa da democracia que muito se indignam.
A indignação não pode esgotar-se em manifestações e passeatas, por maiores e mais oportunas que sejam, na nossa sociedade contemporânea. As manifestações são indispensáveis para ajudar a dar força à indignação e a perceber que não estamos sozinhos. São um meio para estimular a coragem dos medrosos, o compromisso dos hesitantes e a esperança dos desiludidos. Essa força é sempre necessária para quem quer afrontar o sidtema, para quem quer lutar pela justiça e pela paz, para quem quer viver a solidariedade.
Mas para prosseguir o caminho é preciso saber minimamente para onde queremos ir. Porque as opções e os caminhos são infinitos, pois ainda não estão determinados.
A sensação que tem é que agora os indignados continuam indignados mas têm um sonho de ingnoram o conteúdo, agarram-se a uma utopia de que não vêm o fundoolham um futuro que se perde nas nuvens e nem sequer têm a certeza de que este esforço vale a pena, mesmo quando surgem, nunca são imediatos: os frutos são sempre lentos a amadurecer. Perante tantas violações impunes da dignidade das pessoas e dos povos, perante uma organização social sempre feita à medida de meia dúzia de euros, é difícil revitalizar a sensibilidade social e reforçar a vontade moral de lutar e de reagir. Há um caminho que precisa de ser percorrida construindo-o, pedra a pedra, grão a grão.
E só percorre de forma comprometida quem procura conhecer as necessidades dos outros e se dispõe a acolher os outros como um dom. Só se pode contruir, fomentando a outros da rsponsabilidade de todas as pessoas, a todos os níveis, envolvendo todos os cidadãos e instituições sociais.
É preciso criar novos paradigmas e estruturas políticas, económicas, financeiras, mas também culturais e éticas. Precisamos, de assinar um compromisso com a solidariedade, a fraternidade, a gratuidade, que permita soluções novas, criativas, libertadoras que alterem radicalmente estilos de vida.
Por isso, este era o tempo oportuno para que movimentos culturais e religiões nos fornecessem um ponto de apoio, com suficiente força interior para um longo caminho que nos espera.
Estamos carenciados de místicos, poetas e profetas, de gente que seja capaz de ler para lá das aparências do imediato e olhe o longo-prazo com a sabedoria dos tempos.
Para a resolução dos seus problemas internos ou para a libertação da humanidade? Para a sua preciosa doutrina desincarnada e a histórica ou para os desafios sempre novos que a história nos coloca? Estimulem com confiança e ousadia sem receios, procurando não extinguir o que de bem podera nascer.
As manifestações dos indignados são certamente um sinal dos tempos; mas são apenas um sinal. São um grito de revolta; mas apenas um grito. Se não for assumido por toda uma sociedade e por toda uma humanidade, ficaremos condenados a que tudo fique na mesma.
Nuno Costa, Lamego

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Os doze anões

                  
Esperanças, sonhos e realidades confundiram-se e retirando horas de noites de sono a muitos portugueses.
Infelizmente, após o choque ninguém acredita que a melhor solução seja corrigir o desvaneio. Principalmente, os que são ricos ou vivem como tal. Ganham 3 milhões de euros ao ano e acham normal retirar (25%) do rendimento a uma família. Acham normal os que ganham vencimentos superiores a 150 mil euros ano, em empresas, em instituições ou organizações que teriam muita dificuldade em justificar o valor de tal salário aos seus funcionários.
De facto, quando estes meninos não poderem sair à rua para passearem em carros de luxo, talvez já passem a pensar que há limites. Quando os 2 milhões de pobres já cresceram com o caos que se prepara para que fujam de Portugal como António Guterres, Durão Barroso, Vitor Constâncio, José Sócrates e mais umas centenas de milhares de portugueses que descobriram que é melhor viver no estrangeiro. Portugal parece não ter solução, nem no problema, nem na cura.
Nestes dias, já começa a ver o fecho das lojas, a diminuição de clientes em cafés e restaurantes, os jornais que ficam empilhados nos balcões e a retracção preventiva em todo o consumo.
Restará apenas como aliados os doze anões - quais salários diminutos - que ainda temos de agredecer para sobreviver. Logo veremos se o cheiro começa a incomodar a democracia...
Nuno Costa, Lamego

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

O príncipe azul dos anos de ouro

                 
                                                  ARTUR QUARESMA
Era um atacante extraordinário porque fazia tudo bem, em qualquer zona de ataque, mesmo onde não sentia à vontade. A extremo revelava velocidade e perfeição a executar junto às linhas; levava o golo nas veias e era um caso sério quando se cruzava com o guarda-redes. Quando vestia a pele de organizador e sentia livre para criar e dar abrangência à ação, o seu futebol atingia ponto alto de eficácia. Despejava então o seco imenso de dribles, passes a rasgar, tabelinhas, fruto da relação intima que tinha com a bola e da inteligência como se relacionava com a equipa e o jogo. Artur Quaresma foi o príncipe azul dos anos de ouro do Belenenses, a máxima referência ofensiva de equipa que foi uma potência do futebol português, estatuto consolidado com o título nacional em 1945/46. De aparência frágil mas de uma sumptuosidade fora do comum, tinha a genialidade dos predestinados.
A sua história ao serviço do Barreirense é bizarra: fez três jogos e logo o Belenenses pegou quatro contros pelo seu passe.
A ideia era jogar também mas os regulamentos não permitiam - depois de despedir-se, só podia voltar a jogar se o anterior clube deixasse. O Belenenses começou por dizer que não e acabou dizendo sim, mas só no final da época.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Os gordos e os magros

                  
Nós ouvimos e acreditamos que o país é um barco esburacado. Nestes contos Portugal está roto e esfarrapado.
Só a manta da troika lhe tapa uma pequena parte das feridas que tantos lhe fizeram. Mas também sabemos que muitos daqueles que clamam para que o Estado emagreça à custa dos outros, dos desamparados, daqueles que não têm outro remédio senão cortar no pão, na manteiga e comer - oxalá- todos os dias só uma malga de caldo com um troço de couve, estão gordos e não abdicam da sua gordura, continuando a receber a banha dos cofres do Estado onde caiem os nossos euros.
São esses, com caras de anjo, sentados em almofadas recheadas de euros pagos pelo Estado, nos vêm dizer que são urgentes os sacrifícios, necessárias as dores e as turturas que nos aplicam, quando eles engordam em reuniões de empresas públicas, cobrando, por cada uma, 5.000, 10.000 e 15.000 euros, para darem uns conselhos durantre, 3 ou 4 horas.
Há muita gente a trabalhar muito mais e a ganhar vinte vezes menos!
É tão comovente ver a alegria dos governantes anunciarem que vão emagrecer o Estado com mais umas centenas de desempregados! Emagrecer para o Estado é desgraçar milhares de pessoas. Tanto desgraçado mais desgraçado!
Agora chicoteia-nos com os exemplos dos nórdicos que, coitadinhos!, não os têm nem os querem. Esqueceu-se foi de referir os seguintes números, relativos aos salários médios brutos anuais de 12 meses em euros: Noruega, 45.450; Islândia, 43.795; Dinamarca, 43.035; Luxemburgo, 37.128; Irlanda, 36.387;... Finlândia, 29.920;... Grécia, 19.702; Espanha, 19.578;... Portugal, 11.397.
Quando falarmos em salário mensal bruto ficamos a saber que os noruegueses vencem 3.787 euros, no Reino Unido 2.924, os holandeses 2.769 e os portugueses tão só 949 euros.
Nuno Costa, Lamego

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Portugal: nem República nem Monarquia

                
De uma penada, zás-trás-pás, Portugal ficou sem cabeça, um corpo sem identidade, ainda que lhe restem o ADN da planta dos pés e as impressões digitais dos dedos esfacelados por golpe inaudito do ministro Álvaro, quiçá coadjuvado pelo ameno Gaspar, pelo tão tranquilo Coelho e pelo desaparecido, Paulinho dos Estrangeiros.
A História deste país anda uma desgraça. Quase não existe nos manuais escolares. Agora é o governo que abdica dos seus registos de baptismo e de confirmação.
Como, perceber que seja o governo de um país o agente de destruição da sua genética? Governo assim só pode ser classificado de uma maneira: desnaturado.
Parece que nós somos capazes de tudo, porque somos ímpares, singulares.
Já nem somos monaequia, nem república.
Nuno Costa, Lamego

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Estranhas saudades de Durão Barroso

                 
Soubemos que Durão Barroso anda cheio de saudades dos portugueses.
Isto de um emigrante de luxo anda com saudades dos portugueses e de Portugal, de onde saiu porque quis, palpita-nos que traz água no bico e que ele quer é preparar-se para outra Presidência: a da República Portuguesa!
Depois deste currículo desastroso, deseja ele agora o quê?
Candidatar-se a presidente da República?! Os nossos políticos sempre adoraram os sofás de Belém: são cómodos e proporcionam mais uma reforma!
Que falta nos fazem as penas poderosas de Eça e Ortigão para lhes lançarem farpas, as farpas que eles merecem...
Nuno Costa, Lamego

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Políticas de austeridade pesam mais em Portugal

               
É em Portugal que mais se nota o peso da austeridade sobre o rendimento disponível das famílias.
Da carga de austeridade sobre o rendimento disponível é clara e fortemente recessiva em Portugal. As medidas adoptadas em Portugal colocam o país no segundo lugar da tabela do risco de pobreza. Portugal é igualmente o segundo país no qual a o risco de pobreza mais aumenta, de (18,5%) para (20,5%).
As famílias com filhos são as mais penalizadas, particularmente nos casos de Portugal, onde a situação é a inda mais grave.
De um modo geral, são as famílias com maior rendimento que mais contribuem. Os mais pobres que contribuem com cerca de (6%) do esforço global.
Nuno Costa, Lamego

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Coesão social, Sr. Presidente?

             
Poderá haver coesão social quando os deputados, com altos vencimentos, enormes regalias e muitos com emprego cá fora, vão, ao contrário da lei geral, receber os subsídios de férias e de Natal em 2013? É mesmo escandaloso! Que disse o sr. presidente? Poderá haver coesão social quando há ex-deputados, bem na vida e com grandes vencimentos, estarem a receber uma choruda reforma vitalícia, por anos de trabalho? Que disse o sr. presidente?
Poderá haver coesão social, quando há ainda tanta gente com várias reformas e vencimentos - lembremos que ele próprio, já teve três reformas - e centenas de milhares de desempregados? Que disse o sr. presidente? A Assembleia da República tem um orçamento escandaloso, que dá até para pagar um gabinete, uma secretária e carro de luxo aos ex-presidentes da mesma! Que disse o sr. presidente?
Tal como o mau polícia que na hora do assalto se esconde, o sr. presidente esconde-se no facebook e não enfrenta os problemas, traçando rumos e exercendo a sua autoridade. Há palavras que soam mal, mesmo ditas com ar sério e compungido.
Nuno Costa, Lamego

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

As aventuras do Rato Atómico

              
                                                           BENTO
Tudo nele suscitava sensações explosivas. Era frenético, dinâmico e intenso; aventureiro, imprevisível, rápido e de talento sublime; jogava com qualquer dos pés e driblava em todo o terreno. Para cúmulo das qualidades, era um fenómeno de cabeça, por alguma razão ficou conhecido como Rato Atómico. Bento agia como extremo que acriditava sempre nas suas potencialidades e só pedia uns instantes ao jogo para medir a temperatura na rota que o levava ao destino final. Apesar de fazer tudo a velocidade máxima, tinha a frieza dos goleadores. Nessa altura, respirava fundo, baixava as pulsações e revelava serenidade surpreendente.
Perdera qualidades, os reflexos já não obedeciam ao raciocínio sumptuoso e ao fim de uma época inteira em que fez apenas dois jogos para o campeonato achou que tinha chegado o momento de pendurar as botas. Ensinou as primeiras letras a milhares de crianças, atividade que serviu para dar ainda mais dimensão à lenda que nasceu e desenvolveu nos tempos do pontapé na bola.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Hipocrisia dos governantes

                 
A linguagem cínica e hipócrita empregue pelos governantes para pôr mais medidas violentas para o povo, ao afirmarem que todas as famílias serão sacrificadas da mesma forma, inclusive a do presidente da República, quando o orçamento anual de Belém é superior ao da Corte Espanhola, não deixa de ser uma ardilosa falácia e um desrespeito para com os oprimidos e esfomeados deste país.
Como sempre, em tempos de vacas gordas há que distribuir um pouco pelo povo dos milhões recebidos, para que possa também adquirir os bens que nos são obrigatoriamente impingidos pelos países, para engordar os grabdes económicos e financeiros que os alimentam, em detrimento da nossa sempre paupérrima e atrasada economia. Mas a grande maquina continua a ser dividida pelos mesmos, gerando um fosso social cada vez maior.
Nuno Costa, Lamego

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

A vida fica mais cara

                
Poupar será a palavra de ordem de 2013, já que o orçamento não estica e os produtos e serviços vão ficar mais caros. O aumento dos impostos vai fazer-se sentir fortemente nos bolsos dos portugueses.
A factura da luz já subiu, mas volta a aumentar. Em média, uma conta mensal de 50 euros sofre um agravamento de 1,75 euros. E se for ao supermercado, prepare-se para o engordar do recibo e o encolher do carrinho. Produtos como as batatas pré-fritas, os refrigerantes ou a água engarrafada vêem o IVA subir de (6%) para (13%). E o café, compotas, margarinas, óleos e produtos congelados, entre outros, vêem o IVA crescer da taxa intermédia de (13%) para a máxima de (23%). O pão também subirá, influenciado pelo preço das matérias-primas, mas não se sabe quanto. Nos transportes, as tarifas também crescem, mas os novos preços só são fixados em Fevereiro. Já falar ao telemóvel ou enviar um SMS também sairá mais caro, pois as comunicações aumentaram (3,1%).
Na habitação, a situação piora para quem é arrendatário, já que os aumentos situam-se em (3,2%) para as rendas actuais e até (5%) para as antigas.
E até os vícios como fumar ou beber um cerveja não escapam ao Fisco: o tabaco sobe (4,6%) e as bebidas alcoólicas (2,3%). A bica sobe entre 5 e 10 cêntimos. Pelo contrário, para minimizar os prejuízos, o sector leiteiro e o da restauração vão absorver os aumentos para não perderem clientes.
Nuno Costa, Lamego

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Nem sempre os piores

                 
Por norma, sempre que se fala de Justiça é para criticar.
A Justiça não funciona bem em Portugal, todos sabemos, estranho seria que ela funcionasse muito bem, quando nada parece funcionar no país.
Mas será que nos outros países a Justiça é de melhor qualidade?
As vítimas, nunca se esquecem do sofrimento, puderam virar esta página e seguir, confortadas pelo facto de ter feito justiça.
Ainda se discutam perícias, não se vislumbrando a data do julgamento. Nestes casos devia-se elogiar o sistema com o mesmo afinco com que se critica quando a Justiça não funciona.
Nuno Costa, Lamego

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Ter casa na terra pode tirar isenção

                
Ter uma casa na terra poderá prejudicar o direito à isenção das taxas moderadoras.
Todos estes elementos é dividido o total pelo número de pessoas com rendimentos no agregado familiar, para garantir a isenção, o resultado da conta tem de ser inferior a (628%) por cada um.
Além da insuficiência económica, há ainda outros que dão acesso à isenção. As grávidas, crianças até aos 12 anos, transplantados e militares que tenham ficado incapacitados entre os que não pagam.
Os bombeiros, dadores de sangue ou de órgãos só ficam isentos do pagamento de taxas nos centros de saúde.
Nuno Costa, Lamego

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Obrigado Pablo Aimar

                  
Um dia, com imensa pena, vamos ver-te a partir. Nesse dia, vamos agradecer-te, vamos homanagear-te, vamos aplaudir-te todos de pé, num adeus sentido e emocionado. Nesse dia, vamos sentir saudades da tua arte, da tua humildade, do teu profissionalismo. Nesse dia, vamos sentir saudades do teu amor pelo nosso país, aonde tu e a tua família se sentem tão bem e toda a gente goste de ti. Nesse dia, vamos sentir saudades do teu comportamento, em campo e fora dele, da tua forma honesta de jogares. Nesse dia, vamos sentir saudades das tuas tabelinhas, das tuas danças com a bola nos pés, dos teus pesses de morte, da tua visão de jogo, da tua solidariedade para com os teus companheiros.
Nesse dia, felizes, vamos dizer bem alto: eu sou do tempo de Aimar, eu vi o puro talento neste estádio a quem tu dás ainda mais luz, eu vi um homem cavalheiro como poucos com o emblema do Benfica ao peito, eu vi um génio a honrar a nossa camisola.
Nesse dia, vamos dizer que contigo ganhámos muito, títulos e taças, e contigo ganhámos e os sonhos tornaram-se realidade, e o Benfica jogava como nós sempre imaginámos desde miúdos e ganhava e marcava golos, muitos golos. Nesse dia, vamos sentir um vazio nos nossos corações e no nosso meio-campo, vamos procurar-te com os olhos e tu não vais estar lá para nos resolver as nossas aflições e os nossos jogos e vamos ter saudades, tantas saudades que até vão doer. Graças a Deus, este não é ainda esse dia. Obrigado Aimar, por passares mais 1 ano connosco.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Quem beneficia com a TDT

                 
A falsa e descarada panaceia da TDT - Televisão Digital Terrestre é a maior aldrabice desta tocante a quem sai beneficiado: são os telespectadores ou as indústrias de electrónica e das comunicações? A dita televisão digital, que veio substituir a ancilosada televisão analógica, deveria ser posta em prática a custo zero para os utentes televisivos. E a culpa de tão onerosa mudança é do Governo que os portugueses compraram para serem enganados e agora estão em locais remotos que não têm televisão por cabo, à qual, erradamente, os vendedores de banho de cobra, dizem que é a televisão paga? São os telespectadores de Portugal profundo e esquecido, os elos mais fracos, que agora têm de pagar um serviço que não pediram?
Nuno Costa, Lamego

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Gerir com amor ao próximo

                 
O envelhecimento da população, e a agressividade da globalização que introduziu na economia internacional ainda tornam o nosso ajustamento mais difícil.
O ptimeiro e principal anel é cada um de nós, como reagimos, como ajustamos as nossas expectativas, como empreendemos, como nos preocupamos com os outros. O segundo anel é a família, nela começa a primeira rede de protecção e de redistribuição.
Defendemos o amor ao próximo como critério da gestão empresarial. O critério não é místico, é muito operacional: devemos tratar os outros como gostaríamos de ser tratados se estivéssemos no lugar deles.
A crise é uma excelente desculpa desculpa para só nos preocuparmos connosco. A crise é uma grande oportunidade para nos encontrarmos como pessoas, amando, como uma nação, vencendo.
Nuno Costa, Lamego

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Prejuízos públicos e lucros privados

                 
Como é que o governo, com o beneplácito do Parlamento, vende empresas públicas e empresas de capítais públicos alegando que elas são deficitárias, apesar de que não o serão para os operadores privados que as adquiram? Apesar dos balúrdios das remunerações e sinecuras que euferem, para além da percentazenzinha que vai para quem os pôs lá, não sei se existe mas ninguém o fala... Ou os privados podem fazer ao pessoal o que o Estado não pode fazer ao seu, ou os gestores públicos são uns azarados dos diabos a quem tudo corre mal e os gestores privados uns felizardos dos céus que conseguem tirar lucros de nada. Ou os primeiros são uns santinhos de honestida puríssima que operam em mercados perversos e os segundos são uns trafulhas infernais que sacam tudo e não deixam ficar nada...
Nuno Costa, Lamego

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

A Justça portuguesa é cada vez mais lenta

              
A nossa Justiça tem um grave problema: a lentidão, a demora, a câmara lenta, o atraso, a pesada liturgia - velhos pecados que lhe retiram eficácia e crédito. A desconfiança na Justiça é cada vez maior.
Chegámos ao ponto, em que os grandes processos de corrupção ainda a marinar sem consequências. O caso Portucale foi meramente simbólico. O Freeport ficou-se pelas figuras menores. O BPN, praticamente esquecido, caminha a passo de caracol atá ao esquecimento final. O dos submarinos nunca vem à tona.
Isaltino Morais arrisca-se a não ficar na história: seria ele - se a Justiça fosse célere - o primeiro político de peso a cumprir uma pena de cadeia. A Justiça portuguesa é cada vez mais lenta.
Nuno Costa, Lamego

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Sentido! El Comandante voltou

             
O regresso de El Comandante está muito para lá de uma satisfação aos adeptos e às juras de amor eterno feitas a quem marcou a história recente no Dragão; recompensa por serviços prestados por um jogador, nas 4 épocas passou em Portugal, foi 4 vezes campeão, com influência arrasadora nesses títulos. Muito mais do que isso, é um tiro certeiro no mercado perante o cenário de elevada dificuldade que envolve a equipa.
Porque tem uma técnica primorosa, sai bem das situações de aperto; porque sabe utilizar o corpo, guardar a bola e ganhar terreno em acções solitárias. Mas o seu jogo torna-se deslumbrante quando faz a equipa progredir a um/dois toques, em sucessivos movimentos de participação coletiva. Alimentando a circulação criteriosa, dá-lhe saída intimidatória quando verticaliza e não raras vezes coloca companheiros entra as costas dos defesas e a cara dos guarda-redes. Lucho tem o condão de multiplicar a produção da equipa e dos companheiros. Com ele em campo os outros sentem-se mais confortáveis. É a luz que ilumina, a bússola que orienta e a voz que sente mas não se ouve. Acrescentará muitíssimo com armas que são estritamente futebolísticas mas também emocionais, de caráter e personalidade.
Em poucas horas reuniu quase todos os elementos de que é feito um herói: invencibilidade, carisma, poder, compromisso, talento, paixão, nostalgia, esperança... Mesmo sabendo que não vai sempre ser assim, o aviso à navegação está lançado. Sentido! El Comandante voltou. Com o que isso representa para o FC Porto e, claro, para a própria Liga.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

(1,8%) dos alunos mal comportados

               
O princípio teórico é que a escola não pode ficar passiva e permitir que as crianças e jovens com atitudes disfuncionais na escola cresçam sem regras e sem respeitar a autoridade dos pais e da própria escola. Solução em cima da mesa: multar os pais, retirar-lhes o subsídio de Acção Social Escolar os livros escolares, refeições e transportes ou atribuir-lhes tarefas de trabalho comunitario.
Sendo um problema muitíssimo complexo, com causas múltiplas e contextos variados-económicos, sociais, psiquiátricos, de modelo de valores, de vazio de expectativas-, é difícil compreender como é que os alunos que não respeitam os pais vão mudar de comportamento apenas porque esses mesmos pais que eles ignoram.
Que vão passar a comportar-se bem se os pais tiverem que pagar uma multa de 300 euros.
E os pais, no caso de serem de facto negligentes, vão alterar o seu estilo de vida, valores e atitudes ou resultado será o motor de uma espiral de azedume e, quem sabe, violência familiar?
Foram abertos 18 mil processos disciplinares contra alunos do ensino básico e secundário, dos quais 13 mil acabaram com a suspensão dos alunos e 169 com a transferência para outra escola, o castigo mais gravoso neste momento. Estamos a falar de (1,8%) dos alunos num universo de quase 1 milhão.
Atá porque, estas medidas prejudicam injustamente os irmãos, por hipótese, são cumpridores e lutadores, pois as punições previstas implicam os orçamentos familiares que fiquem mais pequenos.
Entre o laxismo e o castigo há vários alunos.
Nuno Costa, Lamego