O regresso de El Comandante está muito para lá de uma satisfação aos adeptos e às juras de amor eterno feitas a quem marcou a história recente no Dragão; recompensa por serviços prestados por um jogador, nas 4 épocas passou em Portugal, foi 4 vezes campeão, com influência arrasadora nesses títulos. Muito mais do que isso, é um tiro certeiro no mercado perante o cenário de elevada dificuldade que envolve a equipa.
Porque tem uma técnica primorosa, sai bem das situações de aperto; porque sabe utilizar o corpo, guardar a bola e ganhar terreno em acções solitárias. Mas o seu jogo torna-se deslumbrante quando faz a equipa progredir a um/dois toques, em sucessivos movimentos de participação coletiva. Alimentando a circulação criteriosa, dá-lhe saída intimidatória quando verticaliza e não raras vezes coloca companheiros entra as costas dos defesas e a cara dos guarda-redes. Lucho tem o condão de multiplicar a produção da equipa e dos companheiros. Com ele em campo os outros sentem-se mais confortáveis. É a luz que ilumina, a bússola que orienta e a voz que sente mas não se ouve. Acrescentará muitíssimo com armas que são estritamente futebolísticas mas também emocionais, de caráter e personalidade.
Em poucas horas reuniu quase todos os elementos de que é feito um herói: invencibilidade, carisma, poder, compromisso, talento, paixão, nostalgia, esperança... Mesmo sabendo que não vai sempre ser assim, o aviso à navegação está lançado. Sentido! El Comandante voltou. Com o que isso representa para o FC Porto e, claro, para a própria Liga.
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