O princípio teórico é que a escola não pode ficar passiva e permitir que as crianças e jovens com atitudes disfuncionais na escola cresçam sem regras e sem respeitar a autoridade dos pais e da própria escola. Solução em cima da mesa: multar os pais, retirar-lhes o subsídio de Acção Social Escolar os livros escolares, refeições e transportes ou atribuir-lhes tarefas de trabalho comunitario.
Sendo um problema muitíssimo complexo, com causas múltiplas e contextos variados-económicos, sociais, psiquiátricos, de modelo de valores, de vazio de expectativas-, é difícil compreender como é que os alunos que não respeitam os pais vão mudar de comportamento apenas porque esses mesmos pais que eles ignoram.
Que vão passar a comportar-se bem se os pais tiverem que pagar uma multa de 300 euros.
E os pais, no caso de serem de facto negligentes, vão alterar o seu estilo de vida, valores e atitudes ou resultado será o motor de uma espiral de azedume e, quem sabe, violência familiar?
Foram abertos 18 mil processos disciplinares contra alunos do ensino básico e secundário, dos quais 13 mil acabaram com a suspensão dos alunos e 169 com a transferência para outra escola, o castigo mais gravoso neste momento. Estamos a falar de (1,8%) dos alunos num universo de quase 1 milhão.
Atá porque, estas medidas prejudicam injustamente os irmãos, por hipótese, são cumpridores e lutadores, pois as punições previstas implicam os orçamentos familiares que fiquem mais pequenos.
Entre o laxismo e o castigo há vários alunos.
Nuno Costa, Lamego
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