segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Os doze anões

                  
Esperanças, sonhos e realidades confundiram-se e retirando horas de noites de sono a muitos portugueses.
Infelizmente, após o choque ninguém acredita que a melhor solução seja corrigir o desvaneio. Principalmente, os que são ricos ou vivem como tal. Ganham 3 milhões de euros ao ano e acham normal retirar (25%) do rendimento a uma família. Acham normal os que ganham vencimentos superiores a 150 mil euros ano, em empresas, em instituições ou organizações que teriam muita dificuldade em justificar o valor de tal salário aos seus funcionários.
De facto, quando estes meninos não poderem sair à rua para passearem em carros de luxo, talvez já passem a pensar que há limites. Quando os 2 milhões de pobres já cresceram com o caos que se prepara para que fujam de Portugal como António Guterres, Durão Barroso, Vitor Constâncio, José Sócrates e mais umas centenas de milhares de portugueses que descobriram que é melhor viver no estrangeiro. Portugal parece não ter solução, nem no problema, nem na cura.
Nestes dias, já começa a ver o fecho das lojas, a diminuição de clientes em cafés e restaurantes, os jornais que ficam empilhados nos balcões e a retracção preventiva em todo o consumo.
Restará apenas como aliados os doze anões - quais salários diminutos - que ainda temos de agredecer para sobreviver. Logo veremos se o cheiro começa a incomodar a democracia...
Nuno Costa, Lamego

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