Em pouco mais de um mês, o cenário macroeconómico de Portugal não mudou completamente: entre Março e Maio deste ano, as previsões sobre o comportamento da economia em 2012 vão passar do crescimento para a recessão, e os valores do défice orçamental praticamente duplicaram.
E, em relação ao corrente ano, a estimativa da quebra da economia prevista em Março era de (0,9%) e agora passou para uma diminuição de (2%).
No Programa de Estabilidade e Crescimento, o Governo de José Sócrates previa que o PIB crescesse (0,3%) em 2012 e o (0,7%) em 2013. Com o recurso à ajuda financeira externa e a intervenção dos técnicos de FMI, do Banco Central Europeu e da Comissão Europeia, o cenário não mudou: a economia vai ter uma recessão em 2011 e 2012, para começar a baixar em 2013.
As previsões do défice das contas públicas registaram uma trampa semelhante: o Executivo previa um défice orçamental de (3%) em 2012 e de (2%) em 2013. Os técncos da troika empliaram este cenário e deram mais folga ao ajustamento: em 2012, o défice orçamental será de (5,9%).
Nuno Costa, em 30/06/2011