Pensava que era obrigatório consagrar o dia para comemorar que foi aquilo que ele nos deu, e não foi aquilo que pensou, decerto involuntariamente, nos tirou. E acho que não ouvi uma palavra acerca do movimento militar que nos devolveu a liberdade, mais apelos a uma união nacional tendo em vista combater a crise. Ao colocar as maiúsculas onde os outros tinham posto as minúsculas, estava a referir-se ao partido único da ditadura, a que ninguém quererá regressar. Terá sido um pouco demagógico, mas pelo menos o líder do PSD pôs o dedo na ferida ao acentuar a sessão solene passara alegremente por cima de uma das várias razões por que se fez a revolução. Um deles lembrava alguns dos chamados capitães de Abril, não os mais mediáticos, mas outros que também deram o seu contributo para que as coisas como a guerra colonial, ou a política desaparecessem de vez. Afinal, naquele 25 de Abril comemorava-se o Dia da Liberdade, e não o Dia Nacional da Crise...
Nuno Costa, em 22/06/2011
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