terça-feira, 7 de junho de 2011

Um doente chamado Sócrates

                                    
Ao rejeitar os aumentos dos impostos e a criticar os impactos sociais das medidas para votar contra o PSD, corria o risco de folta do programa e equipa do governo. Bastou um dia que estavam, pressionados pelas instituições e perceiros europeus, a propor o aumento do IVA, por mais voltas que lhe dê, penaliza as pessoas de mais baixos rendimentos, que fosse a única fonte de aumento das receitas, a taxa típica precisaria de ter um acréscimo astronómico para atingir o objectivo pretendido - e aumentar as receitas, no curto prazo, inevitavel dada a morosidade da reforma da Administração Pública em produzir o efeito no lado da despesa. Todos os eventuais detalhes técnicos são, no entanto, secundários e comparados com a escalada da crispação política que aquela declaração permitiu. E o essencial é que Portugal está muito doente e precisa de um esforço colectivo enorme para sobreviver com dignidade.
Queixamo-nos do preço da electricidade, mas aumentámos o seu consumo, no ano passado, quase ao dobro do ritmo do crescimento do país. Os combustíveis estão caros, mas continuamos a acelerar e subindo o consumo e o gasto. As empresas públicas de transporte, tecnicamente falidas, com uma dívida elevadíssima e classificada a nível, com dificuldades para pagar os salários, aos seus funcionários, anunciar ou executar greves.
Nuno Costa, em 08/06/2011

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