quinta-feira, 16 de junho de 2011

Omo e o Congresso

                                   
Um dos anúncios mais populares foi criado na década de setenta pelo detergente Omo. Uma senhora aparecia com uma toalha sujíssima, encenava que ia lavar com o detergente, de repente, surgia com uma brancura imaculada.
Pelo que ali disse, ficou claro que o PS não teve a responsabilidade na governação do país há mais de seis anos.
Ficou clarinho que o PS não teve a responsabilidade no aumento desenfreado do desemprego, neste momento chega a setecentas mil almas, que está imaculado no que respeita à duplicação da dívida pública que atirou Portugal para um beco sem saída onde nos encontramos.
Também é de uma alvura angélica no que respeita à existência do Orçamento do Estado que apertou o cinto dos portugueses até à rebelião. Ficou clarinho como a água que os socialistas são uns patriotas e os restantes partidos, que representam a maioria da população, são inimigos da Pátria.
Também ficou numa alvura celestial do ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, jamais disse que seria necessária ajuda externa quando os juros da dívida pública ultrapassassem os sete por cento.
E, tendo-os ultrapassado há tanto tempo, sempre a subir, a subir, quando os dirigentes socialistas já reclamavam a ajuda externa, a verdade é que ficou claro que aconteceu nos últimos quinze dias. É clarinho que o Partido Socialista que está no poder, não pensa em cedê-lo aos outros. Não por causa da Pátria, mas por causa dos próprios socialistas.
Na verdade, e tal como a senhora do anúncio, este congresso socialista lava mais branco.
Nuno Casta, em 16/06/2011

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