Estamos certamente a atravessar um dos momentos mais difíceis da nossa vivência comum.
É por isso que temos que ser mais capazes de distinguir o essencial do acessório. Isto faz tanto sentido entre as pessoas, como entre as Instituições, obrigando-nos a perceber, e a aceitar, a nossa pequena individual e a procurar crescer em conjunto. Não será possível que algumas pessoas cresçam sem as outras, muito menos contra elas, o mesmo acontecendo com as regiões e os países.
Esta atitude entegradora das diferenças, não pode constituir, nem assim será, nenhuma ausência de confrontação política ou ideológica. O que nos conduziu, em termos europeus e mundiais, ao actual estado de alguma descrença em nós próprios e nas actuais lideranças não foi certamente ao excesso de ideologia, mas a sua ausência.
A maior dificuldade não é o caminho que temos que percorrer, é a falta de confiança na sua justificação. Temos que ser capazes de resistir a populismos fáceis, que abrem caminho aos radicalismos com consequências severas para a sociedade em que acreditamos.
Estamos já a entrar num período de escolhas e definições políticas importantes, quanto aos programas para o futuro próximo e aos líderes que melhor os implementarão. Nestes tempos são cometidos, habitualmente, alguns excessos, justificados pelo calor da refrega eleitoral.
Depois, imediatamente a seguir, será o tempo da responsabilidade e nenhum oportunismo, de qualquer espécie, pode justificar qualquer tipo de irredutilidade, perante os maiores das pessoas e dos povos.
Ninguém compreenderá que os dirigentes políticos sejam os últimos a perceber esta realidade, o que, a acontecer, não será apenas uma atitude egoísta, podendo ser suicidária.
Nuno Costa, 12/06/2011
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