A qualidade das condições da habitação desempenham um papel decisivo no estado de saúde dos residentes. As pessoas passam entre (80%) a (90%) das suas vidas dentro dos espaços construídos. Os problemas ambientais dos espaços vão influenciar muito a saúde dos seus ocupantes, tanto a nível físico, como mental e social. O impacto na saúde cobre um largo espectro de doenças, como ferimentos e acidentes às mais complexas, mas não menos prejudiciais ao bem-estar e na qualidade de vida, como doenças respiratórias, alergias, asma, entre outras.
Nuno Costa, Lamego
terça-feira, 31 de dezembro de 2013
segunda-feira, 30 de dezembro de 2013
O golpe no olho do Governo
O Governo evidenciou o golpe no olho para copiar e ampliar as respostas económicas e financeiras sugeridas pela Troika para a consolidação orçamental em Portugal.
O exercício do copianço, tem sempre o risco do objecto da cópia não ser o adequado. Foi com a receita clonada para Portugal. Quando alguém copia o outro faz sem sentido crítico, e não assume as responsabilidades do outro. A receita da Troika é uma receita patenteada por Passos Coelho, Paulo Portas. O Gasparzinho deu a vez à Gasparzinha com a confusão instalada no Governo. A Troika está em Portugal e vai ser uma grande tentação de a culpar de todos os males.
Em vez o golpe no olho para copiar a receita, se o Governo tivesse tido o golpe na asa para adequar aos desafios da nossa economia, o outro galo cantaria. Mas o Governo tanto cortou nas suas próprias asas que já se foram.
Nuno Costa, Lamego
domingo, 29 de dezembro de 2013
Autoridade da polícia
Em Portugal já estamos habituados à impunidade dos responsáveis de alguns clubes de futebol e até pela prática de crimes no decorrer da preparação ou da realização dos jogos.
Quantas vezes assistimos a cenas dentro e fora dos estádios que mais parecem filmes de guerra e as claques actuam como um bandos de criminosos, agindo com extrema violência e até arrancar as cadeiras para os Polícias. Não é de estranhar, não menos vezes, assistimos os dirigentes de alguns clubes de futebol, que confundem o seu âmbito de interferência com o âmbito e a própria autoridade do Estado. Mas, vá lá saber-se porquê, os Polícias têm sido tratados como bodes expiatórios.
Nuno Costa, Lamego
quinta-feira, 26 de dezembro de 2013
Mete medo na política
Na política portuguesa, só uma pergunta verdadeiramente que interessa: o pessoal do CDS e do PSD ainda falam uns com os outros? Sim, ele discordaram sobre a lei autárquica. Sim, a PTP é uma paixão tardia do Dr. Paulo Portas. E, sim, o enriquecimento ilícito não voltará tão cedo ao mundo dos vivos. Será que ele julga mesmo que o povo, na sua proverbial sabedoria, acabará por premiar o CDS nas regionais e nas autárquicas só porque ele, Paulo Portas, não abençoou um novo assalto ao bolso dos contribuintes? Nem um principiante comete esta ingenuidade: para o bem e para o mal, Paulo Portas entrou num casamento, num hóbi em part-time.
Resta a hipótese, igualmente tenebrosa, de amadorismo puro e simples: dois partidos metidos na mesma orquestra que não acertam na música pela mesma pauta.
Até mete medo na política.
Nuno Costa, Lamego
segunda-feira, 23 de dezembro de 2013
Se rescindir com o Estado é pagar (13%) de IRS
O Estado dá com uma mão e tira com a outra. Os trabalhadores com menos de 55 anos, quem rescindir o contrato receberão entre 1,25 e 1,5 dos salários por cada ano de serviço. Com esse valor a mais vai ser sujeito a IRS.
Os funcionários públicos com salários mais altos ou com menos tempo de serviço, os que aceitarem as rescisões por mútuo acordo, vão ter de entregar ao Estado uma parte da sua indemnização. A fatia de pagar ao Fisco vai mesmo ultrapassar os (13%) do valor das compensações.
Quem rescindir receberão a respetiva indemnização em Janeiro de 2014, mas os que têm menos de 55 anos, receberão mais do que apenas um salário por cada ano de antiguidade, terão de pagar IRS sobre a diferença.
Nuno Costa, Lamego
sexta-feira, 20 de dezembro de 2013
Assim se fala em bom português
Portugal está cheio de bons portugueses.
Gente patriótica que reconhece todos os problemas do País - só que nunca concorda com nenhuma solução. O bom português é aquele que enfurece contra o facilitismo da escola e depois enraivece contra a obrigação dos alunos repetentes de frequentarem o ensino profissional. O bom português é aquele que acha que não podemos continuar a apoiar uma política do betão e a construir auto-estradas vazias mas depois indigna-se com o aumento do desemprego na construção civil. O bom português é aquele que acredita ter filhos em Portugal é um incomportável e depois revolta-se com a quantidade de professores que ficaram sem colocações nas escolas. O bom português é aquele que acha uma pouca-vergonha nos níveis de endividamento da CP e da Refer e depois estão contra o corte das linhas e o encerramento das estações.
O bom português é aquele que admite que o dinheiro da troika é para pagar os salários mas depois age como se o Governo não estivesse obrigado a cumprir o programa que os credores impuseram ao País. O bom português entende que o défice é uma vergonha em abstrato mas está contra todos os cortes em concreto. O bom português é aquele que prefere não correr o risco de uma qualquer terapêutica porque o que ele realmente gosta é de se queixar da doença.
Portugal está cheio de bons portugueses.
Nuno Costa, Lamego
quinta-feira, 19 de dezembro de 2013
É hora de reabilitar uma nova política em Lamego
Lamego é uma terra onde tem faltado aos políticos sentido e responsabilidade, audácia, irreverência e civismo. As políticas até agora prosseguidas têm dificultado o desenvolvimento sustentado da cidade e do concelho.
Se tal não acontecer, continuaremos no plano dos rituais vazios, com uma política fastidiosa, teimam em não pôr de lado o preservativo perfurado. Persistir numa política que não dá prazer, cujos os frutos não são ou são poucos apetecíveis, não faz sentido e não pode continuar a acontecer em Lamego, terra com grande passado, a história e o silêncio se confundem.
O que tem sido realizado é mau de mais. Os feirantes queixam-se dos locais e das condições degradantes para se trabalhar que servem aos Lamecenses.
A festa em honra de N.ª Senhora dos Remédios nunca foi tão desprestigiada e parece moribunda. O futuro da cidade e da região afigura-se depressivo, quiçá, a correr paulatinamente para a morte. A cidade sofre, da ausência de um pensamento criativo que vise a procura de soluções para os problemas e bloqueios, continua sem ver um plano de desenvolvimento estratégico de crescimento e desenvolvimento sustentável.
As pessoas têm necessidade de ser escutadas e os políticos têm de se habituar a acolhê-las e a escutá-las.
Nuno Costa, Lamego
quarta-feira, 18 de dezembro de 2013
Santíssima Trindade de Vítor Gaspar
Quando era o ministro do Governo, Vítor Gaspar encarou uma certa doutrina financeira como dogma de fé. Vítor Gaspar acreditava mais nas virtudes da troika do que os católicos crêem na Santíssima Trindade - e a Santíssima Trindade é, o mistério central da fé e da vida cristã: a sua compreensão é inacessível à razão humana e até mesmo com generosa dose de fé não entende lá muito bem... A troika é tudo para o ministro. Crê e louva esta moderna versão do Pai, Filho e Espírito Santo - a troika - com a mesma cegueira de quem só é capaz de o fazer pela graça da fé. Se o ministro fizesse o uso da rezão, já teria percebido que a troika - nada nos traz a não ser a pobreza.
Nuno Costa, Lamego
terça-feira, 17 de dezembro de 2013
As auto-estradas em Portugal perderam 225 mil/dia
São cada vez mais os portugueses a fugir aos pagamentos das portagens, sobre as auto-estradas.
As 32 autoestradas nacionais perderam 225 mil veículos a circular por dia.
Apenas as auto-estradas mais movimentadas do País, usadas por mais de 1 milhão de veículos por mês, a perda mensal foi superior à média nacional de (15,5%), ao atingir os (18%).
A Via do Infante, foi a auto-estrada do País com a maior queda no tráfego, superior a (50%).
Mas não foi a única: todas as ex-Scut que passaram a ter cobrança eletrónica nas portagens apresentam quedas significativas no tráfego.
Além do custo das portagens, aumentou (4%), também a subida dos combustíveis estão a contribuir para a descida do tráfego nas auto-estradas. A gasolina também aumentou perto de (10%) e o gasóleo mais de (4%).
A diminuição do tráfego também está a afetar as vendas nas áreas de serviço. Com vários restaurantes localizados nas auto-estradas, a introdução de portagens nas ex-Scut provocou uma queda de (35%) nas receitas.
Nuno Costa, Lamego
segunda-feira, 16 de dezembro de 2013
Guarda-costas de um sonho
RICARDO
Um dia tiraram-no da baliza de Portugal, noutro entregaram-lhe de mão beijada; viu abalada a confiança de quem imaginaria ser o guarda-redes, aceitou a responsabilidade tremenda de ser o guarda-costas de um sonho coletivo. Guarda-redes de um ciclo de sucesso, ele foi o homem de confiança de um selecionador que apostou tudo no talento de quem juntou às qualidades inatas de experiência, a maturidade e o saber acumulado ao longo dos anos em que teve sempre de lutar pelo seu espaço e estatuto.
Um dia tiraram-no da baliza de Portugal, noutro entregaram-lhe de mão beijada; viu abalada a confiança de quem imaginaria ser o guarda-redes, aceitou a responsabilidade tremenda de ser o guarda-costas de um sonho coletivo. Guarda-redes de um ciclo de sucesso, ele foi o homem de confiança de um selecionador que apostou tudo no talento de quem juntou às qualidades inatas de experiência, a maturidade e o saber acumulado ao longo dos anos em que teve sempre de lutar pelo seu espaço e estatuto.
A grande particularidade de Ricardo em relação a quase todos os outros jogadores nas suas circunstâncias e antes de chegar ao patamar mais elevado do futebol já tinha entrado em órbita.
Dono de um estilo vibrante e espetacular, Ricardo passou boa parte na contradição entre o homem sensível e de lágrima fácil e o epicentro de conflitos que ele próprio estimulou e só o diminuíram. Um guardião capaz de milagres, como aqueles que promoveu na luta das grandes penalidades, e que lhe deram um capítulo inteiro como herói na história do futebol nacional. Será, por tudo isso, um guarda-redes inesquecível.
sexta-feira, 13 de dezembro de 2013
País mais pobre e agitação social
As medidas de austeridade vão castigar ainda mais as famílias e empobrecer mais ainda o País. Vai haver mais uma quebra no poder de compra, as empresas querem escoar os seus produtos e não têm para onde ir e para quem. A criação de emprego é, ilusória. A austeridade vai provocar mais agitação social, não há margem nos orçamentos familiares.
Nuno Costa, Lamego
quinta-feira, 12 de dezembro de 2013
Crise leva mais casos de suicídio
Ficar desempregado e não ter maios de subsistência, ter bocas para alimentar e dívidas para pagar são reflexos da grave crise económica que o País atrevessa e está a aumentar os casos de depressão, o consumo de álcool e suicídio.
O preconceito com as questões religiosas, culturais ou sociais, o facto das companhias seguradoras não pagarem os prémios em caso de suicídio são outros factores que encobrem a realidade. (40%) a (60%) dos suicídios são motivados pela depressão e, em (90%) dos casos, há doença mental, como a doença bipolar.
Nuno Costa, Lamego
quarta-feira, 11 de dezembro de 2013
Governo caminha de novo sobre as brasas
Ninguém vai respirar de alívio, ninguém conhece a tolerância da troika.
A economia e o País estão demasiado exaustos para aguentar brutalidade da austeridade.
Às sucessivas derrapagens no crescimento, no défice, na procura interna, na receita fiscal, no desemprego, como no investimento.
Dois murros no estômago em apenas causaram danos profundos. O clima de reptura social e política consolidaram-se. O Governo começa a trilhar um caminho minado. A factura interna da coligação agrava-se, o fantasma do Presidente da Republica é ameaçador e o PS anima-se com a possibilidade de uma implosão do Governo.
Uma vez mais, o Governo caminha de novo sobre as brasas.
É bom que percebam o espectro da bancarrota e o destino trágico continuam à espreita. Mas, acima de tudo, tem de eliminar, pelo menos mitigar, esse vírus é o foco de todos os problemas: a ideia absurda é pôr os trabalhadores a financiar o seu próprio emprego com contribuições para os patrões.
Nuno Costa, Lamego
terça-feira, 10 de dezembro de 2013
A falésia fiscal
A dívida pública duplicou e a externa ficou incomportável.
Continuamos com o paupérrimo da inevitabilidade: como a dieta do Estado é uma miragem, toca a aumentar os impostos. Não pode haver mais aumentos na despesa, nem paninhos quentes para certos interesses, ao mesmo tempo viola um contrato ético e social com os reformados. O combate aos desequilíbrios tinha que ter uma compaixão social.
A tributação sobre o aforro também aumenta. O País transformou-se numa falésia fiscal.
Por isso, a receita dos impostos cai como uma pedra na falésia em erosão.
Cá em baixo, a economia fica comatosa.
Os governos têm uma enorme dificuldade em domar o monstro.
Nuno Costa, Lamego
segunda-feira, 9 de dezembro de 2013
O eixo do mal
Nos últimos tempos, temos assistido ao encerramento de muitas empresas. Muita austeridade e cortes nos salários, os portugueses não têm dinheiro para fazer funcionar a economia, fecham cafés, restaurantes e muitas outras atividades, e estão a mandar para o desemprego dezenas de milhares de pessoas. Não havendo trabalho, os trabalhadores são sujeitos aos salários minúsculos que é proposto. Com estas opções, o Governo vai meter-se num grande sarilho, mesmo num grande sarilho, vai justar a contestação laboral ao económico. As alterações nas contribuições para a SS são um erro de todo o tamanho. Para os patrões nada vai resolver, vai ser ainda mais pior, as vendas vão baixar. Para os trabalhadores, representa a perda de um salário por cada ano, é muito grave, mas pior do isso é em pouco tempo perdem o emprego.
Nuno Costa, Lamego
domingo, 8 de dezembro de 2013
Entre a magia e a perfeição
SIMÃO SABROSA
Tudo nele é objectivo e tem fundamentos claros. Quando pega na bola e dirige ao adversário, não esperam adornos inconsequentes antes a expressão plena do compromisso com a equipa, razão pela os relâmpagos de talento que são sempre concretos e decisivos. Não o faz por limitações técnicas mas por ser essa a melhor forma para expressar um futebol arrasador, brilhante e sumptuoso, à altura de um dos melhores jogadores portugueses de todos os tempos. Os movimentos que faz da esquerda para o meio, procurando encontrar espaço e ocasião para aplicar o tiro com o pé direito, são pequenas metragens que permanecerão na memória colectiva de quem ama o futebol. Simão exerceu o fascínio do cowboy em saloom hostil: chama e atenção pelo estilo, mata pela indiferença, nunca teve medo e intimida pela pontaria infalível.
É um artista sublime que expressou em ziguezague da linha reta; em exercícios solitários de lances combinados ou progressão participada; ganhando a linha para cruzar ou para fazer a diagonal para tentar conseguir o próprio golo. As opções são várias mas o estilo foi único, feito de técnica, imaginação ilimitada e domínio perfeito de velocidade - poucos como ele sabem gerir arranque, travagem e mudança de direção. Entre a imaginação das invenções e a perfeição do senso comum que viveu com talento que acompanhou os sentimentos e com estatísticas.
sexta-feira, 6 de dezembro de 2013
Resposta a Passos Coelho
O primeiro-ministro sobrecarga o povo com impostos e mais impostos, sempre queriam casar com uma princesa, ou com um príncipe, ou comprar vestes roupas novas para a toda a corte, o Governo de Portugal, desgovernado, pela voz de Passos Coelho, ou de Paulo Portas, os mentores do desastre da política, têm que onera-nos com mais taxas, ou fazendo de conta que não sabem, que nos atiram para o poço, ou pelo cavalo, ou pelos seus amigos, em prol dos seus interesses. Como o Presidente, Cavaco Silva, também funciona para eles como uma espécie de confessionário católico, onde lavam os seus pecados...
Nuno Costa, Lamego
quinta-feira, 5 de dezembro de 2013
Erros políticos, mais austeridade
Por muitas voltas que dê, que mexa e remexa: o doente vai mesmo morrer da cura. Não é preciso ser Nobel da Economia para saber que a Europa não tem quem governe e anda à deriva. Foram feitos erros e continuam sem ser corrigidos. Se a UE quiser dar um passo em frente, mas não para o abismo, tem de voltar a restringir as importações. O desequilíbrio é tal como as medidas de austerdade só servem para acentuar as assimetrias.
Ao nível interno, temos merceeiros a desgovernar o País. Sem políticas capazes de inverter o rumo ao abismo. Sintimos uma revolta capaz de devorar o Mundo. Trabalhar no duro para receber tão pouco. O merceeiro Passos Coelho ainda não teve a coragem de explicar por que a carga de água em sima de nós para pagar a fatura da incompetência de toda a política.
Nuno Costa, Lamego
quarta-feira, 4 de dezembro de 2013
A pior emenda do que o soneto
Os portugueses foram surpreendidos com as novas medidas de austeridade. O caricato é que o Governo andou em festa em festa sem preocupar com o que estão a provocar no seio das famílias que mal têm para comer. Mas foi pior a emenda do que o soneto, as medidas são graves muito graves e de momento a Oposição ainda não tem gente com força para contrariar a tomada de posição do Governo.
Nuno Costa, Lamego
terça-feira, 3 de dezembro de 2013
É preciso um Zé do Telhado
Estávamos à espera que o primeiro-ministro nos devolvesse uns trocos que nos tinha levado, mas qual é o espanto é que ele ainda veio tirar ainda mais. Em vez de nos ajudar, vem ao fim do mês buscar mais dinheiro do nosso trabalho? Os bancos, as galpes, seguros, telecons, edp e outros em cada trimestre fazem as contas e informam que tiveram uns tantos milhões de lucros, nem sequer os mencionou para ajudarem a pagar a crise? Crise não foi feita para nós, mas sim por vocês, antes e agora, porque aquilo que ganham sai dos nossos bolsos.
Sim, a dívida continua a ser feita por todos aqueles que andam e andaram no poder e conseguem lá instalar todos os nossos amigos e apoiantes. Chega de enganar os portugueses, porque pedintes nós já sabemos que somos, mas quem nos leva o nosso trabalho, passa-se por pedinte, meu Deus, é só de loucos!...
Nuno Costa, Lamego
segunda-feira, 2 de dezembro de 2013
Castigos ridículos a treinadores
As brincadeiras dos castigos a treinadores pelos erros dos árbitros, mais um caso revelador do estado a que chegou, o futebol português.
Depois, temos o timing escolhido, é desde logo a passagem de um atestado de estupidez de toda a gente, nasce um princípio que talvez ninguém se aperceba da habilidade.
Afinal, todos eles tornaram-se num estado dentro do Estado e aproveitam da independência que a Lei lhes confere para construírem uma moral feita de cumplicidades, erros e compensações, com as nuances decorrentes da maior ou da menor qualidade dos seus intérpretes, procura ir agradando aos baluartes do poder, os grandes clubes, mas criando sempre a ilusão de pairar sobre eles e até de os ignorar. É preciso ter arte para funcionar assim.
Nuno Costa, Lamego
sexta-feira, 29 de novembro de 2013
O Estado na mama
Uma sociedade pensar viver delas é uma tragedia. É o que se vê: os artistas reclamam investimentos públicos para estimular a criatividade; os banqueiros dedicam os recursos financeiros ao serviço do endividamento do Estado porque a dependência e promiscuidade os tornam mais poderosos; os carenciados reclamam pelos os subsídios que lhes estabilizem a sobrevivência; os empresários guerreiam-se para produzir para o Estado, é o cliente que garante maiores lucros sem nenhum risco.
Não é necessário prosseguir por todas as letras do dicionário, falar de médicos ou de professores, porque o Governo aproveita-se todos os momentos a imprescindibilidade do Serviço Nacional de Saúde e da escola pública.
Com este Estado Social, não há que aguente. Há que pagar tantos impostos e não sobejar a capacidade para criar riqueza. Fica fácil de perceber por que a economia está em recessão.
E por que o Estado tende a cercear a liberdade e a acabar com a Justiça. O Estado não pode ser inimigo dos cidadãos nem transformar o País num campo de concentracionário de contribuintes.
Nuno Costa, Lamego
quinta-feira, 28 de novembro de 2013
Aperto no coração é confundido com a velhice
Um em cada 15 portugueses com mais de 80 sofrem de estenose aórtica, doença que faz diminuir o fluxo do sangue que sai do coração. Muitos dos sintomas são confundidos com o envelhecimento. O aumento da esperança de vida em Portugal fez disparar.
Os que sofrem da doença do coração têm frequentemente desmaios, dor no peito e muito cansaço. Os sintomas são muitas vezes confundidos, pelos familiares, com a própria velhice.
A estenose aórtica é uma das doenças potencialmente fatal e afeta mais os idosos.
Nuno Costa, Lamego
quarta-feira, 27 de novembro de 2013
Pegas de caras e de cernelha
Até agora, o combate à crise baseou-se no assalto aos bolsos dos contribuintes. São dispensáveis outras medidas: reduzir as viaturas no Estado e nas autarquias, extinguir institutos e organismos inúteis, reduzir o número de deputados, desburocratizar o sistema judicial. O Governo fez pegas de caras, limitou-se às de cernelha!
Nuno Costa, Lamego
terça-feira, 26 de novembro de 2013
Os pais
Não se educa um povo por decreto. Se os alunos não quiserem aprender, se os pais se omitirem a educar, não há sistema educativo que funcione, não há comunidade que cresça e se desenvolva. Poderá até haver ilhas de sucesso, mas serão sempre a excepção, nunca a regra.
É verdade que muitos dos pais não dominam a boa parte dos conteúdos que são ensinados aos filhos, sendo as dúvidas e dificuldades. Mas aos pais não se pede que sejam professores, espera-se que sejam educadores, que criem as condições para que os filhos estejam disponíveis para aprender.
Que estabeleçam regras e limites, que proporcionem momentos de estudos, que dediquem diariamente tempo para ouvir o que se passou no dia de aulas, que levem as expectativas, incentivem, apoiem e, quando for necessário, sejam firmes na repreensão e no castigo.
Para isto não é necessário ser doutor ou engenheiro, rico ou culto. É preciso muito mais: coragem, rigor, um sacrifício aqui ou ali, e muito amor, numa palavra, é preciso que os pais sejam pais, porque ninguém pode desempenhar essa função por eles.
Nuno Costa, Lamego
segunda-feira, 25 de novembro de 2013
Estado comprou 529 novos veículos
O Estado comprou 529 novos veículos, apesar da necessidade de cortar na despesa pública e da imposição da troika de atingir um défice de (4,5%).
O Governo autorizou a compra de 175 automóveis e motociclos para organismos públicos, a que somaram 325 carros em regime de leasing e 29 veículos elétricos. Só nos veículos elétricos, foram gastos mais 835 mil euros: 602 mil euros em automóveis, motociclos e quadriciclos comprados por organismos públicos e mais 233 mil euros em regime de aluguer.
Segue-se o Ministério da Agricultura que conta com 492 veículos dos 3.569 automóveis que não têm seguro.
A frota automóvel do Estado não está a cumprir a legislação do seguro.
Nuno Costa, Lamego
sexta-feira, 22 de novembro de 2013
Um colecionador de obras-primas
LUÍS FIGO
Lançou-se à estrada com ambições moderadas, passo a passo, foi atingindo o mediatismo de figura universal e qualidade futebolística só comparável aos maiores do Mundo de todos os tempos.
Por talento, caráter, regularidade e uma forma altruísta de sentir o jogo, tornou-se motivo de orgulho para um povo que o viu, aos poucos, invadir território. Luís Figo teve o condão de banalizar a arte, porque foi capaz de fazer, uma que fosse, em toda a vida. Foi um extraordinário colecionador de obras-primas, durante épocas a fio: desenhar a geometria, gerir a velocidade e ser sublime nos territórios de aproximação à baliza. Só um ser superior conseguia ser tão influente a partir de zonas de passagem; só um génio reconhecido por todos adquire autoridade para levar exércitos inteiros atrás de si. Foi, um fenómeno sem precedentes no desporto português, atingindo números e dimensões impensáveis na Seleção. Luís Figo, Eusébio e Cristiano Ronaldo estão condenados a juntar-se, um dia, no patamar mais alto do futebol português.
quinta-feira, 21 de novembro de 2013
Com carinho e com afecto
A grande provação por que estamos a passar, para muitos representam por não ter nada, ou quase nada, é para todos um tempo em que as certezas sobre o futuro com que encaráva-mos o dia-a-dia desapareceram completamente.
Este deserto de esperança gera uma grande angústia; quando esse estado de alma atravessa, a angústia deixa de ser apenas emoção. Na angústia, o que lhes pedem é que passem a ir ao quotidiano do homem comum e aí se instalem com carinho e com afecto.
Mas um e outro continuam a eximir-se a essa função de solidariedade na provação que o País atravessa, como se a função política não compreendesse a comunhão afectuosa com o sofrimento do Povo.
Nuno Costa, Lamego
quarta-feira, 20 de novembro de 2013
Brincamos, não?
Os nossos políticos andam muito distraídos. Uma classe há tantos anos no Poder deveria conhecer melhor as forças e as fraquezas do povo para quem governa. A ganância dos bancos no drama das famílias no crédito à habitação, resolveu alterar as regras do jogo na entrega da casa ao banco. As pessoas a viver uns autênticos horrores, não precisam de palavras bonitas, mas o País vive numa autêntica bomba. A ver vamos se não é mais o fogo-de-artifício do costume em que eles falam, falam e fica tudo na mesma.
Nuno Costa, Lamego
terça-feira, 19 de novembro de 2013
Vergonha na gaveta
O Socialismo na gaveta já tem uma versão revista e actualizada, a vergonha na gaveta de Passos Coelho.
Portugal atravessa uma perturbante crise de valores, com o chico-espertismo a tomar de assalto a política. Alguns iluminados desprovidos de qualquer pudor vivem numa redoma de vidro longe das reais preocupações, decidindo o rumo com uma ilusão de astúcia que nos está a custar o futuro. Como resultado, o cidadão comum revolta-se e repudia os políticos, com a destrosa governação, o povo desiludido com a mediocridade e a falta de transparência.
O destino está traçado - nem o País tem redenção.
Nuno Costa, Lamego
segunda-feira, 18 de novembro de 2013
Estado do confisco
A administração do Estado teve ao longo da história várias missões. Na monarquia era uma administração de puro confisco. Cobrava impostos e mobilizava para a guerra. A crise volta a empurrar-nos para os tempos do puro confisco. Vivemos o tempo da caça à multa e ao imposto extorquidos aos cidadãos a qualquer preço. O Fisco tem poderes exorbitantes e vai ao osso dos mesmos de sempre: a classe média. Vai ao osso dos que mais sofrem com a crise.
Nuno Costa, Lamego
domingo, 17 de novembro de 2013
Desde que a troika chegou, há mais de 167 mil portugueses sem trabalho
As condições do mercado de trabalho não melhoraram. Pelo contrário, degradaram-se ainda mais. O número de portugueses desempregados subiu de 685 para 852 mil. Há mais de 167 mil pessoas à procura de trabalho.
O aumento do desemprego é sentido pelos mais novos, que não conseguem entrar e manter-se no mercado de trabalho. São responsáveis por (18%) do aumento, com mais de 30 mil jovens sem trabalho.
Na Saúde e Educação serão eliminados serviços e cortadas subvenções sociais.
Nuno Costa, Lamego
sexta-feira, 15 de novembro de 2013
O Mundo nunca viu um fenómeno como ele
CRISTIANO RONALDO
Nos tempos de criança, agarrou-se à bola nas ruas do Funchal e levou-a até ao céu de Madrid, onde vive como um deus do futebol. Dele poder-se-á dizer que é capaz de atingir níveis técnicos e físicos nunca dantes alcançados; mas é ele próprio, escudado no génio de outra galáxia, quem nos alerta, desde o primeiro dia, para a evidência de que ainda não lhe vimos tudo.
Cristiano Ronaldo assenta num perpétuo desejo de perfeição e, tendo chegado ao topo do reconhecimento universal, acredita ser sempre possível subir mais um degrau. Por talento, fúria goleador e títulos conquistados aumentam as probabilidades de vir a construir o palmarés mais rico e ser o jogador português mais completo de todos os tempos, a caminho do patamar divino.
Iniciando a ação, CR7 adaptou a função de extremo a uma das máquinas goleadores mais fabuloso de sempre.
O Mundo nunca viu um fenómeno, fatura ao ritmo dos assassinos mais ferozes de sempre. É essa revolta permanente, alicerçado em instinto, agilidade, potência, elegância, velocidade e mediatismo, faz dele uma glória na história do futebol.
quinta-feira, 14 de novembro de 2013
A metáfora do futebol
O estado do futebol é uma metáfora do País. Os clubes à beira da falência, sem acesso ao crédito e com alguns intermediários ainda a fazerem fortunas, quer legalmente, quer através de luvas pagas por debaixo da mesa. E nem a invejada profissão de futebolista, o senho da maior parte dos pais quer para os filhos, está imune à crise. A maior parte dos jogadores da Primeira Liga vai chegar ao Natal com salários em atraso. Tal como o País hipotecou o presente e o futuro com uma dívida gigantesca. Agora, no duro choque com a realidade, sem esse dinheiro, sem o bringo, passou de moda, e sem a almofada das Câmaras, também elas falidas, a sobrevivência de muitos clubes está em risco.
Nuno Costa, Lamego
quarta-feira, 13 de novembro de 2013
O Estado é como uma árvore
Caro concidadão, agora é a altura em que mais estamos perto da natureza, certamente já reparou na quantidade de bichinhos e parasitas que vivem no tronco e à sombra de uma frondosa árvore.
Também assim é equipararmos tão generosa e acolhedora árvore do Estado que temos, o qual alberga no seu tronco e ramagem numa enormíssima quantidade de vermes, são as hospedeiras de gorduras da nossa continuada desgraça coletiva, num sorvedouro de bens e riqueza difícil de aguentar.
Assim, temos fundações sem qualquer interesse coletivo; institutos sem a mínima serventia, a não ser para manter gentalha com nada de préstimo para contribuir para a sociedade; uma vez que a solidariedade social que prestam não é mais do que perpetuar as despesas que não beneficiam os verdadeiros necessitados, tal como existirem muitíssimas associações sem qualquer serventia pública, beneficiando apenas os responsáveis das mesmas.
Nuno Costa, Lamego
terça-feira, 12 de novembro de 2013
Preservemos o pouco que temos
O sol, o clima, as praias e muitas belas paisagens, de norte ao sul do País, são o que temos do melhor para mostrar ao visitantes que vêm dos estrangeiros que visitam Portugal. A imagem que os visitantes levam quando se vão embora, muitas vezes, decisiva para voltarem ao nosso País.
Temos muitas estradas nacionais e municipais, junto às bermas, abunda toda uma diversidade de lixo que fere a sensibilidade visual de quem a observa: são desativados frigoríficos, deteriorados pneus, andrajosos colchões, embalagens vazias, latas, plásticos, vidros, roupas velhas, etc...
Também nas nossas praias, principalmente mas não concessionadas, tudo quanto de materiais poluentes por ali vagueia pelo mar, ao sabor das marés, vai engolindo e devolvendo, o aspeto é pouco dignificante. Muita gente bem podia ser aproveitada, para ajudar a melhorar o aspeto do País, consequentemente, a nossa economia, através da captação das divisas dos turistas que nos visitam.
Nuno Costa, Lamego
segunda-feira, 11 de novembro de 2013
Mais um trimestre de recessão
A espiral regressiva da economia e o desemprego colaram-se à pele do quotidiano, tornaram-se um ato condenável como respirar. Portugal vai-se construindo como um País condenado a resistir, onde as pessoas cada vez consomem menos, onde não há ambição nem confiança para investir. Portugal continua a depender do financiamento externo para subsistir e, para obter esse financiamento, tinha que ficar mais pobre, tem de equilibrar a sua balança externa, tem de ser mais capaz de competir no exterior, tem de acreditar que a crise do euro não vai ser superada. Todos sabemos que esse esforço e essa fé têm um preço da recessão. O problema é que não sabemos ao certo quantos mais trimestres o País pode aguentar com o estoicismo. Nenhum País consegue aguentar indefinidamente esta sensação da morte lenta que se agrava a cada trimestre que passa.
Nuno Costa, Lamego
sexta-feira, 8 de novembro de 2013
O trono eterno do Pantera Negra
EUSÉBIO, O PANTERA NEGRA
Muito mais do que o melhor jogador português de todos os tempos, ele foi o ídolo que o povo elegeu como representante nas mais altas instâncias da humanidade, a quem concedeu um trono eterno e chamaram-lhe, simplesmente, o Rei. Eusébio aceitou a coroa, correspondeu à distinção e, num país miserável e atrasado, extravasou a competência futebolística para se universalizar como uma das poucas bandeiras nacionais reconhecidas e aceites nos quatro cantos do planeta.
O mito do Pantera Negra não se reduz ao que fez nas quatro linhas, continua a fazer parte da memória coletiva da gente que ainda o venera. Essa é a vantagem comprovada sobre muitos dos parceiros, velhos e novos, desta caminhada secular: foi herói de um tempo restrito mas uma celebridade para toda a vida; um tesouro muito nosso, ao mesmo tempo, património da humanidade, gera perpétua nostalgia só de ouvirmos soletrar o nome.
Eusébio foi um fenómeno arrasador, um felino imperturbável, civilizado no comportamento, elegante nos gestos, com olhar doce mas de instinto agressivo e matador. Um génio que não escolhia o dia, nem o local, nem adversário para pintar quadros solitários que transformava, com espantosa regularidade, em obras-primas definitivas. Raros são os que permanecem para sempre no coração do povo.
Eusébio tornou-se num dos mais apetecidos futebolistas do Mundo. Mesmo sabendo, ele e todos nós, na Luz será, sempre foi, a sua casa.
quinta-feira, 7 de novembro de 2013
O pequeno génio do tamanho do Mundo
JOÃO VIEIRA PINTO
Na universidade da vida de grandes dificuldades, agarrou-se à bola como único meio de evitar a derrota social a que parecia condenado; com ele viajaram sonho, talento, revolta e picardia, fatores que haviam de alimentar-lhe o instinto de sobrevivência e o sentimento de vingança que lhe serviram para dar ainda mais sabor a cada vitória obtida num longo caminho de luta e glória. Um dia chamaram-lhe pequeno génio, mas o título só explicava parte da história: continha a omissão, não sendo de facto robusto, era um artista do tamanho do Mundo.
Feitas as contas, entre as obras de arte que assinou e os pecados que cometeu, nunca poderá fugir ao destino que contruiu. O de estar condenado à eternidade.
quarta-feira, 6 de novembro de 2013
Caça ao dinheiro
A Autoridade Tributária acaba de atiçar as feras aos contribuintes em falta: os funcionários para cobrarem mais e passam a ter direito a um prémio em dias de férias.
Os portugueses estão cercados por uma gigantesca operação de caça ao dinheiro. Não há hipótese de fuga, nem fuguir. Das Finanças à ASAE - o objectivo é mesmo: caça ao dinheiro. A PSP e a GNR desdobram-se em operações na estrada. Explicam, amavelmente, que se trata de prevenção. Uma espécie de senhor feudal implacável com os mais fracos e insensível à pobreza à sua volta. Só falta o cadafalso para quem não pode ganhar.
Nuno Costa, Lamego
terça-feira, 5 de novembro de 2013
Cura agrava a doença
A maior parte dos trabalhadores, principalmente os que dependiam de horas extraordinárias, já sentem a diminuição dos rendimentos. O corte nas indemnizações e a facilidade para despedir também baixaram os salários, mas isso ainda não aumentou o emprego. No comércio, restauração e na contrução, a quebra do dinheiro disponível das famílias está a provocar uma subida desesperante do desemprego.
Neste ajustamento, a doença agrava-se com a cura.
Nuno Costa, Lamego
segunda-feira, 4 de novembro de 2013
O crédito e a bolha
Cada vez mais famílias ficam impossibilitadas de honrar os compromissos bancários que todos os dias os portugueses devolvem 18 casas. Por outro lado, os bancos acumulam um stock de casas novas do crédito malparado dado aos promotores. Os bancos que pedem spreads pornográficos a quem procura crédito, fazem condições especiais se o cliente comprar uma das suas casas. Esta dualidade distorce ainda mais o mercado, o que pode rebentar uma perigosa bolha.
Nuno Costa, Lamego
quinta-feira, 31 de outubro de 2013
Tautau no Governo
A crise que estamos a passar, o Goveno anda cada vez mais, a portar-se muito mal, uns andam a ser mimados, outros são criancinhas. Ser criança: é preciso que os adultos que nos digam o óbvio antes que o óbvio se torne o óbvio para nós.
Infelizmente, existem países onde a infância é um estado mental permanente.
Se está frio, o melhor é aquecermo-nos, dizem elas. Se está calor, talvez não seja má ideia em refrescarmo-nos.
Se por milagre desata a chover, usar chapéu-de-chuva é uma possibilidade.
Perante estas sentenças, haverá por aí um Governo incautos que persistem, em dizer, aos portugueses, que andem na rua de cuecas ou de ceroulas.
Mas, pelo sim, pelo não, o Governo anda a transformar a protecção civil numa brigada punitiva. As crianças tranquinas precisam de tautau.
Nuno Costa, Lamego
quarta-feira, 30 de outubro de 2013
Boa sorte Zé Maria!
Quando a luz, lhe golpeou os olhos, estávamos longe de supor onde Portugal haveria de crescer e fazer-se homem lhe ofereceria um presente tão amargo um futuro tão sombrio. Cavaco Silva era, então primeiro-ministro e o cavaquismo ensaiava já a derrocada.
Já então e no pós-cavaquismo, não houve coragem para colocar travão ao crescimento descomunal do Estado e fingiu-se não perceber que o tecido empresarial estava longe com autonomia e sustentabilidade, dependendo, em grande parte, dos compadrios que o polvo estatal incentivava e da aplicação nem sempre séria ou ajustada dos dinheiros públicos.
Os pecados atravessam vários presidentes e Governos: Soares e Sampaio, mas também Guterres, Barroso e Sócrates, sem esquecer o meteoro Santana. Todos, de uma forma ou de outra, por acção ou omissão, foram colocando tijolos negros na situação.
A geração dele vai sofrer os impactos de avalanches de erros sustentados na demagogia, no irrealismo, na desonestidade e na falta de visão.
É triste o retrato de um País incapaz de se reformar. Cavaco é o bispo que presinde à missa. Para onde foram os milhares de milhões de euros que a Europa cá despejou? Atá certa altura iam chegando de borla ou quase nada.
Agora é preciso pagá-los. Com lingua de palmo, como se vê. Boa sorte Zé Maria!
Nuno Costa, Lamego
terça-feira, 29 de outubro de 2013
Uma estrela a caminho do Olimpo
ADRIEN
Orgulho, sentido de representação, coragem, paixão, sofrimento e irreverência constituem, o suporte dos triunfos mais inesperados no futebol.
Atuava em parcela restrita de terreno e cumpria todos os pressupostos exigidos ao desempenho de uma tarefa interdita a menores, pede maturidade, visão, estatuto, responsabilidade e talento para tomar decisões que preservem a coesão coletiva.
Adrien tornou-se num jogador deslumbrante e muito mais abrangente. Aperfeiçoou a eficácia defensiva, pela intuição com que adivinha as intenções do portador da bola e os movimentos do potencial recetor; pela capacidade de intercetar linhas de passe e utilizar a contundência nos duelos individuais mas para roubar a bola e dar o passo seguinte ao jogo. É um jogador com visão de 360 graus, preocupado com a segurança e equilíbrio tático, mas sempre disponível para dar início à construção. Deixou apenas o vértice recuado do desenho na intermediária e tornou-se num todo-o-terreno que agregou ao talento conhecido a faceta de jogar curto e longo; sair de trás com a bola dominada e passar aos adversários, executar passes de rotura ou mesmo tentar o golo com o bom tiro da meia distância.
No centro de decisões, foi mais forte, empenhado, comprometido, rápido e influente; nunca distraiu e terminou como general vitorioso no campo de batalha. Dirão os mais céticos que pode ter atingido a excelência, na origem de tanto elogio, a surpresa esteja a sobrepor-se à realidade. Se continuar a progredir, a depurar qualidades e tiver sorte a caminho do Olimpo, será o médio mais revelante do futebol português.
Mas nada fazia prever que ali estivesse uma potencial estrela do futebol português.
segunda-feira, 28 de outubro de 2013
Passos Coelho na corda bamba
Primeiro-ministro, Passos Coelho, encontra-se brutalmente enfraquecido, face à teimosia e autismo perante o desastre do País, a que fecha os olhos, repetindo à exaustão, e segurando os ministros insustentáveis, à cabeça de um Primeiro-ministro sem escrúpulos e desavergonhadamente arrogante e mentiroso, perante os comportamentos do piorio na raça humana.
Quando tal poderia ser um instrumento ao serviço do desenvolvimento e do emprego.
Nuno Costa, Lamego
sábado, 26 de outubro de 2013
Urgências, uma história conhecida?
O encerramento dos serviços de urgências, é um rastilho fácil de atear. No Ministério da Saúde, estão bem conscientes do efeito destruidor que este tipo de mudanças podem ter. Em Democracia vale tudo e até governar mal e perder tudo por não ter atenção o que as populações querem. Foi assim que o Governo meteu o saco na poça ao fechar os Serviços de Urgências, onde a movimentação das populações eram muitas, que funcionava em plenas condições, assim foram molhados e enganados, por um Governo mal amanhado.
Nuno Costa, Lamego
sexta-feira, 25 de outubro de 2013
Ser solidário
Ser solidário neste nosso país é de todo gratificante e moralizador. Os tempos em que vivemos na atualidade são de extrema exigência e acima de tudo de uma interajuda e na colaboração permanente com a sociedade, que se encontra a desfalecer. Verifica-se que os portugueses, mesmo nas vicissitudes que os fustigam todos os dias, não desistem de ajudar o próximo, mesmo que os seus recursos já parcos lhes dificultem uma maior mobilidade nas ofertas suprassolicitadas. As campanhas solidárias de porta em porta, é cada vez mais notória e primordial nos tempos que correm. As sensibilidades dos portugueses perante esta tremenda catástrofe, e assim se percebe que o povo mais humilde não se desligou com tanta facilidade das suas raízes, e muito menos dos seus antepassados.
Nuno Costa, Lamego
quinta-feira, 24 de outubro de 2013
Já basta de mentiras
Já não acredito no Governo de Passos Coelho e de Paulo Portas que governa o nosso País.
Nem este Governo, nem mesmo o Presidente da República, já nem conseguem convencer ninguém.
O País cai, de amofina, morre lentamente, com alta taxa de desemprego, sem educação nas escolas e prestes a ficar sem Serviço Nacional de Saúde e endividado, por várias gerações, a uma Europa capitalista, usurária e orquestrada pelos ricos. No fundo, o que o povo apenas quer é que não lhe mintam. Já basta de tanta mentira. Já basta de roubos, aos reformados, aos pencionistas, aos mais pobres, aos mais carenciados, aos desempregados, basta a um País mais pobre. Até quando os governantes vão parar de mentir.
Nuno Costa, Lamego
quarta-feira, 23 de outubro de 2013
Novos pobres indignados
Todos sabemos que uma classe média alargada é fundamental para uma sociedade dita de consumo, dos nossos dias. Portugal tinha uma classe média tinha algum poder de compra e movimentava o comércio, a pesca, a agricultura, a imprensa e a indústria. Tinham férias nas nossas praias, no campo, iam aos restaurantes, aos bares, teatro, cinema. Com algumas exceções, a classe média quase desapareceu e está em vias de extinção. Senão vejamos: cortaram-nos os subsídios de Natal e de férias; aos salários; as taxas nas ex-Scut; o IVA aumentou; quem se meteu a comprar casa, sobretudo os jovens, com empréstimos bancários, está tramado; para quase todos os professores contratados que vão para o desemprego e aos efetivos do quadro não escapam ao holocausto. Não se vê a luz ao fundo do túnel, só se adivinham mais desgraças, mais cortes, mais austeridade.
Nuno Costa, Lamego
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