segunda-feira, 30 de maio de 2011

Arte de efémero

                                     
Na sociedade mediática em que vivemos, a acção política alimenta-se do acontecimento, é cuidadosamente encendo. Esta representação do poder nos média, por vezes caracterizada por uma teatralidade excessiva, estave mais uma vez presente na escolha do palco, nos tempos da entrada em cena, nas marcações no espaço cénico.
Primeiro, de um lado do corredor da Assembleia da República, chegou a delegação do Governo, que se fechou num gabinete. Porém, os partidos em jogo queriam, cada um deles, recolher os louros desse entendimento produzido como quase mágico, fruto de uma racionalidade apresentada como única e inultrapassável, tendo em conta o futuro de Portugal e dos portugueses. Ninguém terá pensado que o poder como representação é, também, a arte do efémero. Esperemos, que outros acontecimentos e os novos protagonistas virão ao pequeno ecrã. Não por ser rico e famoso e substantivar uma mobilidade social ascendente notável. Afinal, também, uma efémera representação do Poder; pelo menos, no que à primeira República no que diz respeito.
Nuno Costa, em 30/5/2011

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