segunda-feira, 16 de maio de 2011

A política não é a arte de fazer das pessoas estúpidas

                                    
Todos os maus prenúncios que exprimi na semana passada acrerca do congresso socristas que deixou os portugueses de boca aberta o mal dizer das palavras de tanto gastar a saliva para nada.
Não surgiu uma só voz que ousasse asumir tonalidades próprias de alguma diversidade ou fruísse de um pingo de pruralidade - pelo contrário. Tudo se abreviou nos exíguos limites da voz do chefe, pornograficamente antecipada por encómios inenarráveis dos muitos louvaminheiros de serviço. No discurso de Sócrates alguns estavão na arte de dormir com aquele pragatório de longo prazo e também abriam a boca.
A taxa de poupança logra valores insignificantes e os portugueses regressam à sua sina colectiva de sempre: a emigração em barba, abalando para outras paragens mais bem governadas e decentes.
O governo de Sócrates, talvez o mais incompetentes do último século e meio, não conseguiu resultados ímpares - não há um só sector da sociedade portuguesa que não tenha conhecido as piores melhorias permanentes e quase tudo ficou muito pior nos últimos seis anos.
Já não estamos em posição de negociar o que quer que seja e de impor a nossa vontade em matérias em que esta teria de ser determinante.
Pior: aqueles que neciamente nos naufragaram ainda vão ser os principais negociadores do resgate.
Nem podia quedar como mero espectador da desgraça.
Nuno Costa, em 16/5/2011

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