quarta-feira, 4 de maio de 2011

Coelhada de cabidela

                                   

                                        
Depois de sair da toca, vai o coelho confirmar o que lhe havia sido dito. Galinheiro construído há 37 anos e foi transladado para a Quinta depois os tais malucos lhe terem devolvido a segurança necessária para fruir do milho numa quinta destas lhe poderia propocionar.
E o coelho, é tão esperto como o Chico, apercebeu-se depressa da situação reinante. Mas a forma aparvalhada de agir que era a sua imagem de marca, as trapalhadas onde que se metia onde quer que se mexesse, a total incapacidade para reconhecer a sua falta de jeito para a coisa, nem os palavrosos discursos em que era o mestre que conseguiam disfarçar, e estavam a esgotar a paciência das hienas, conspurcado, mal cheiroso quanto basta para o nosso coelho que se sinta em casa, como na toca, ou na coelheira onde sempre tem vivido.
Ele não quer mudar nada, a administração da quinta está mesmo, mesmo a seu gosto, mas é preciso e urgente dar-lhe um ar mais convinsente, e não deixar a porcaria que sempre tem de ser feita para por imposição as hienas que fique exposta à luz do dia, não vão os patos reparar e começar a pensar que é preciso mudar.
E quem é o melhor do que ele, o coelho do pêlo fino, focinho bem acabado o discurso bem estudado, para convencer os patos a mudar de dirigente para que nada mais mude?
Depoi do trabalho feito, o coelho recolheu à toca, à espera dos resultados. E não é que os patos, numa sondagem feita à medida, já dão ao coelho como o vencedor em próxima consulta à bicharada?
Quando ao futuro dos patos, é só deles que depende.
E é preciso ter esperança porque um dia, é fatal como o destino, eles irão acordar.
Nuno Costa, em 4/5/2011

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