quinta-feira, 19 de maio de 2011

O Céu ou inferno

                                     
Deus, nas suas infinitas sabedoria e misericórdia, evitou os extremismos: admitiu a existência de um Purgatório, entre o Céu e o Inferno.
Já os homens, e em particular os do futebol, viram a cara desse treinador do lugar intermédio entre o cenário da felicidade absoluta e a condenação à mais crua das expiações. Jorge Jesus ganhou a sua segunda Taça da Liga, em chegar a umas meias-finais europeias, não perdeu as condições dramáticas ao acesso à final da Taça de Portugal, dotou a equipa de uma capacidade invulgar para dar espetáculo e mobilizar os adeptos. Mas, por tudo o que fez, pelo câmbio de mentalidade, pela atitude competitiva, merece a continuidade?
À distância de seis ou sete jogos do final da época - e a presença no setimo pode valer o polegar ao alto ou a condenação em praça pública - merece a terceira época. O Benfica tem três partidas para fazer é por isso. Se matar o fantasma, pode lá chegar. Até há adeptos portistas, pela maré, já se apresentam como melhor equipa europeia da atualidade.
19/5/2011

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