Um candidato de esquerda que tinha ido ao mercado do Bolhão viu-se negro com aquelas pessoas, sem nada ter feito, envolvido numa cena de insultos e se retirou com a dignidade possível, sem entrar na querela. Qualquer proposta alternativa ou diferente da cartilha do PS é, para a direção socialista, um ataque e uma desgraça para a pátria.
Esta tática da luto na lama, em que todos saem mal, não são inocentes. Esta ideia a responsabilidade que o primeiro-ministro teve na atual situação, o que neste momento não é o essencial.
É verdade que estamos na dolorosa hora de pagar o mal que fizeram ao nosso país. Mas é bom que sejam transparentes das razões do nosso sacrifício.
É neste ponto cruciais que pode haver perspetivas diferentes: a quem vamos agora pedir sacrifícios?
Como se irá conduzir o país para além desses sacrifícios?
Por muito que se espalhe a lama, nem todos são iguais.
Nuno Costa, 10/5/2011
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